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Parlamento Europeu defende saída de Mubarak

Parlamentares europeus também admitiram que falharam ao demorar na sua manifestação

O presidente do Egito, Hosni Mubarak: cada vez mais sozinho no poder (Alex Wong/Getty Images)

O presidente do Egito, Hosni Mubarak: cada vez mais sozinho no poder (Alex Wong/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2011 às 07h03.

Brasília - A crise política no Egito e os protestos em vários países muçulmanos dominaram os debates ontem (2) na sessão do Parlamento Europeu. Os parlamentares defenderam a saída do presidente do Egito, Hosni Mubarak, do governo. Também admitiram que falharam ao demorar na sua manifestação.

Presente à sessão, a alta representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Catherine Ashton, disse que a situação no Mediterrâneo "chegou a um ponto de não retorno" e que tem de haver uma mudança. As informações são do Parlamento Europeu.

"O mundo árabe vive uma série de mudanças positivas" , afirmou a representante da União Europeia. "As reformas devem ser levadas a cabo com criatividade e determinação. É vital tomar medidas urgentes e decisivas. Chegou o momento de uma transição ordenada", disse.

Ashton acrescentou que é grande a preocupação com a instabilidade que se vive no país. Ela pediu que as autoridades libertem os manifestantes pacíficos.

O deputado inglês Charles Tannock lembrou que o Egito teve apenas três presidentes nos últimos 50 anos. "Quando há tão pouca esperança de mudança, a situação explode. Os Estados Unidos e a Europa têm que insistir na democracia. Há modelos democráticos que podem servir de referência, como na Indonésia ou na Turquia”, disse.

A crise na Tunísia também foi debatida. Depois que a pressão popular conseguiu retirar do poder o presidente Zine Abidine Bem Ali – sob a acusação de corrupção, desvio de recursos públicos e violação de direitos humanos – e instaurar um governo provisório, é necessário garantir a ordem e a democracia no país.

Ashton afirmou que serão revistas as prioridades da União Europeia em relação à Tunísia "para adaptá-las às necessidades sociais" e que serão apoiadas as ações das organizações não governamentais na região. Também serão congelados os bens de integrantes do governo Ali. Ela não mencionou nomes.
 

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