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Parlamento do Mercosul repudia espionagem americana

Em reunião, os componentes do Conselho do Parlamento do Mercosul manifestaram o 'veemente repúdio' às atividades de espionagem dos Estados Unidos no Brasil


	Bandeiras do Mercosul: os representantesdo Mercosul expressaram a  solidariedade com a presidente Dilma e apoio à decisão de levar 'este grave caso' perante as Nações Unidas
 (Norberto Duarte/AFP)

Bandeiras do Mercosul: os representantesdo Mercosul expressaram a  solidariedade com a presidente Dilma e apoio à decisão de levar 'este grave caso' perante as Nações Unidas (Norberto Duarte/AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2013 às 15h28.

Montevidéu - O Conselho do Parlamento do Mercosul expressou nesta segunda-feira seu "repúdio" pela espionagem dos EUA às conversas da presidente Dilma Rousseff, que considerou uma "clara ofensa à soberania do Brasil".

Em reunião na qual faltaram os delegados da Venezuela, membro do Mercosul junto com Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, os componentes do Conselho manifestaram o "veemente repúdio" às atividades de espionagem dos Estados Unidos na região.

"Os parlamentares entendem que é válida a luta internacional contra o terrorismo, mas não pode servir de pretexto para a anulação de direitos fundamentais e a fragilidade da ordem democrático", indicaram os legisladores.

Nesse sentido, os delegados sublinharam que as atividades de espionagem da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA) e de outros organismos desse país "implicam uma evidente violação sistemática dos direitos dos cidadãos comuns, empresas e até Chefes de Estado" que se contrapõem "ao ordem internacional" e ao "respeito mútuo" entre nações.

"Tais atividades, conduzidas unicamente pelos interesses unilaterais dos EUA, além de violar direitos, ofendem a soberania dos Estados e introduzem um clima de tensão e desconfiança na ordem internacional", indicaram.

Em seu comunicado, os legisladores do bloco comercial, que não se reuniam formalmente há mais de um ano, destacaram que este tipo de ações, além disso, "tendem a desagregar a comunidade internacional e a comunidade americana em particular".

Deste modo, os representantes expressaram a "completa solidariedade" com a presidente Dilma e apoio à decisão de levar "este grave caso" perante as Nações Unidas, além de solicitar que seja debatido em profundidade na próxima sessão Ordinária do Parlamento do Mercosul, prevista para meados de novembro.

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