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Parlamento do Japão elege Yoshihide Suga como novo primeiro-ministro

Horas antes de Suga ser eleito, Shinzo Abe renunciou formalmente ao cargo de premiê, como forma de permitir a realização da eleição

Suga recebeu 456 votos das Câmaras Alta e Baixa dos Deputados, contra 212 do líder da oposição (Bloomberg / Colaborador/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de setembro de 2020 às 06h22.

Última atualização em 16 de setembro de 2020 às 06h24.

O presidente do Partido Liberal Democrata (PLD), Yoshihide Suga, foi escolhido pelo Parlamento como o novo primeiro-ministro do Japão nesta quarta-feira, 16. Suga recebeu 456 votos das Câmaras Alta e Baixa dos Deputados, contra 212 do líder da oposição, Yukio Edano. Horas antes de Suga ser eleito, Shinzo Abe renunciou formalmente ao cargo de premiê, como forma de permitir a realização da eleição. Abe anunciou há um mês que deixaria o comando do governo por causa de problemas de saúde.

O novo líder era visto como braço direito de Abe e ocupava o cargo de secretário-chefe de gabinete do país. A eleição era considerada uma formalidade depois que Suga foi eleito para chefiar o PLD, na segunda-feira, 14. Como a legenda tem maioria no Parlamento, seu líder certamente seria o escolhido, o que acabou se confirmando. Suga também contava com o apoio público de Abe, que declarou que era seu preferido para o posto.

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Suga vai enfrentar um raro período de incerteza política enquanto o país busca sair da pandemia do novo coronavírus, lidar com as crescentes tensões entre Estados Unidos e China e se preparar para as Olimpíadas de Tóquio. Ao sinalizar que manterá as políticas básicas de Abe, incluindo uma forte aliança com os EUA e gastos generosos do governo, Suga pretende evitar a instabilidade política que perseguiu o Japão antes de Abe, com uma série de primeiros-ministros forçados a deixar o posto após curtos períodos no poder.

As escolhas de Suga para ministros de gabinete refletem sua ênfase na continuidade com Abe: 11 dos 19 titulares do último gabinete de Abe devem permanecer no novo governo, seja em seus cargos atuais ou em novas funções.

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