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Paris diz que queda de Gbagbo na Costa do Marfim é "irremediável"

Ministro francês Alain Juppé acredita que o país precisará de reconciliação e que o ex-lider quase provocou uma guerra civil

O presidente da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo: ONG quer proteção aos civis no país (Getty Images)

O presidente da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo: ONG quer proteção aos civis no país (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 7 de abril de 2011 às 07h30.

Paris - A queda do ex-líder da Costa do Marfim Laurent Gbagbo é "irremediável" e ocorrerá "nas próximas horas ou nos próximos dias", declarou nesta quinta-feira o ministro das Relações Exteriores francês, Alain Juppé.

O chefe da diplomacia francesa assegurou que o recurso da força em Abidjan para retirar Gbagbo é "imputável" ao próprio ex-presidente e que, após solucionar a situação, a Costa do Marfim terá de se dedicar à tarefa de "reconciliação".

Gbagbo "correu o risco de provocar uma guerra civil" em seu país, disse Juppé em um comparecimento ao Senado francês, onde esteve acompanhado pelo ministro da Defesa, Gérard Longuet.

Juppé insistiu que Gbagbo "cometeu um verdadeiro assalto" ao banco central da Costa do Marfim e que "disparou contra a população civil".

"Esta noite interviemos para garantir a segurança dos diplomatas japoneses", acrescentou o ministro das Relações Exteriores francês, que contou que o Governo japonês pediu através das Nações Unidas que a França interviesse para a evacuação de sua legação diplomática em Abidjan.

"Já estão sãos e salvos", comentou Juppé com relação aos diplomatas japoneses.

O ministro aproveitou para indicar novamente que a França não participou do ataque contra a residência de Gbagbo na capital econômica do país.

Juppé contou que o ex-mandatário se refugiou no porão de sua residência.

Longuet, por sua vez, afirmou que "restam umas centenas de combatentes" leais a Gbagbo e que Ouattara conta com cerca de dois mil militares.

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