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Paraguai: Venezuela "não está convidada" para reunião do Mercosul

No dia 2 de dezembro, os países fundadores comunicaram à Venezuela a suspensão de exercer seus "direitos inerentes" como Estado-parte do bloco

Venezuela: em resposta à suspensão, país afirmou que seguiria no bloco ocupando a presidência rotativa (foto/AFP)

Venezuela: em resposta à suspensão, país afirmou que seguiria no bloco ocupando a presidência rotativa (foto/AFP)

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EFE

Publicado em 13 de dezembro de 2016 às 13h04.

Assunção - O governo do Paraguai disse nesta terça-feira que a ministra das Relações Exteriores da Venezuela, Delcy Rodríguez, não participará da reunião de chanceleres do Mercosul, que será realizada na quarta-feira em Buenos Aires, por não estar convidada, já que o bloco suspendeu seu país no exercício de seus direitos.

"Ela (Delcy Rodríguez) não está convidada. O governo venezuelano não está convidado", afirmou hoje o chanceler paraguaio, Eladio Loizaga, aos jornalistas em Assunção.

O chanceler acrescentou que "a decisão tomada em 2 de dezembro suspendeu a Venezuela de seus direitos e, portanto, o país não pode participar dessa reunião".

Loizaga ressaltou que a ministra venezuelana pode comparecer ao local do encontro e se reunir "bilateralmente" com sua equivalente argentina, Susana Malcorra, mas ressaltou que sua participação na reunião de chanceleres não será aceita.

"Não vai participar, e se participa, nós não aceitaríamos, se quer participar não vamos aceitar, porque é uma decisão tomada", disse Loizaga.

Delcy Rodríguez disse no fim de semana que assistiria à reunião de chanceleres do Mercosul na capital argentina para levar uma mensagem de "integração".

No dia 2 de dezembro, os países fundadores do Mercosul, Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, comunicaram à Venezuela que a suspendiam de exercer seus "direitos inerentes" como Estado-parte do bloco, por ter descumprido o Protocolo de Adesão.

A Venezuela rejeitou o anúncio e, após assegurar que esta decisão é "ilegal", afirmou que seguiria no bloco ocupando a presidência rotativa.

Além disso, o governo venezuelano assegurou que seu país incorporou 1.479 normas do Mercosul à sua legislação interna, o que equivale a 95% do conjunto de leis que os Estados devem cumprir para sua adesão ao bloco.

Os chanceleres do Mercosul se reunirão em Buenos Aires para começar a debater o plano de ação do primeiro semestre de 2017, período no qual a Argentina exercerá a presidência rotativa do bloco, que assumirá em 1º de janeiro, sem a realização da tradicional cúpula de presidentes.

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