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Paraguai defende legitimidade do impeachment na OEA

O Conselho Permanente da OEA está reunido desde o início da tarde, em sessão extraordinária, para discutir a crise política no Paraguai

Novo presidente do Paraguai, Federico Franco: o país já foi suspenso do Mercosul e da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) devido à condução do processo (Reuters/Mario Valdez)
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Da Redação

Publicado em 26 de junho de 2012 às 18h47.

Brasília – O representante do Paraguai na Organização dos Estados Americanos (OEA), embaixador Bernardino Saguier, pediu hoje (26) que a entidade não interfira na situação política de seu país. Na presença do Conselho Permanente da organização, Saguier disse que o governo de Federico Franco, vice de Lugo que assumiu a chefia do governo, foi reconhecido em todo o país.

O Conselho Permanente da OEA está reunido desde o início da tarde, em sessão extraordinária, para discutir a crise política no Paraguai que resultou no impeachment de Fernando Lugo da presidência do país na última sexta-feira (22). O colegiado é composto por representantes dos Estados membros e atua, entre outras funções, como órgão de consulta.

“Exortamos aos países irmãos o respeito aos princípios da não intervenção e se abstenham de qualquer tipo de ingerência em nosso país e de adoção de medidas coercitivas no âmbito econômico e político que pressionem a vontade soberana de nosso povo”, disse o embaixador perante o conselho, reunido na sede da OEA, em Washington, Estados Unidos.

O embaixador defendeu a legalidade do processo que levou à destituição de Lugo e disse que o impeachment do ex-presidente atendeu às leis constitucionais. “Assim como o presidente Lugo tinha legitimidade garantida pelas urnas, essa mesma legitimidade foi conferida, pelo voto popular aos integrantes do Congresso, que representam a vontade da população”, argumentou.

O Paraguai já foi suspenso do Mercosul e da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) devido à condução do processo – que durou menos de um dia - e resultou na saída de Lugo. Além da rapidez, os países dos blocos regionais também questionam o respeito ao direito de defesa do ex-presidente. Os paraguaios temem sanções mais duras ao país, inclusive por parte da OEA.

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“Exortamos aos países irmãos o respeito aos princípios da não intervenção e se abstenham de qualquer tipo de ingerência em nosso país e de adoção de medidas coercitivas no âmbito econômico e político que pressionem a vontade soberana de nosso povo”, disse o embaixador perante o conselho, reunido na sede da OEA, em Washington, Estados Unidos.

O embaixador defendeu a legalidade do processo que levou à destituição de Lugo e disse que o impeachment do ex-presidente atendeu às leis constitucionais. “Assim como o presidente Lugo tinha legitimidade garantida pelas urnas, essa mesma legitimidade foi conferida, pelo voto popular aos integrantes do Congresso, que representam a vontade da população”, argumentou.

O Paraguai já foi suspenso do Mercosul e da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) devido à condução do processo – que durou menos de um dia - e resultou na saída de Lugo. Além da rapidez, os países dos blocos regionais também questionam o respeito ao direito de defesa do ex-presidente. Os paraguaios temem sanções mais duras ao país, inclusive por parte da OEA.

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