Rebeldes sírios protestam contra o regime de Bashar al-Assad em Homs (AFP)
Da Redação
Publicado em 22 de março de 2012 às 09h28.
Beirute - O opositor Conselho Nacional Sírio (CNS) lamentou nesta quinta-feira que a declaração adotada na véspera pelo Conselho de Segurança da ONU alegando que ela não recrimina a repressão desencadeada pelo presidente sírio Bashar al Assad contra os civis.
"Esse tipo de declaração, em meio a contínuas matanças, dá ao regime a oportunidade de prosseguir com a repressão para arrasar a revolta do povo sírio", afirmou à AFP por telefone, em Istambul, Samir Nashar, do comitê executivo do CNS.
"É hora de o Conselho de Segurança da ONU usar seus poderes para frear os massacres. Não há modo algum de chegar a um compromisso com o regime Assad", enfatizou.
O Conselho de Segurança aprovou na quarta-feira uma declaração na qual convoca a Síria a aplicar imediatamente o plano de paz proposto pelas Nações Unidas e pela Liga Árabe, formulando uma advertência velada sobre eventuais medidas internacionais.
Após intensas negociações entre as potências, Rússia e China aprovaram uma proposta redigida pelos países ocidentais que pede ao presidente sírio, Bashar al-Assad, que atue para pôr um fim às hostilidades e por uma transição democrática.
A declaração presidencial, com menos peso do que uma resolução formal, dá um forte apoio a Annan e ao plano de seis pontos que pôs sobre a mesa de negociações em Damasco no início deste mês.
O Conselho "convoca o governo e a oposição da Síria a trabalharem de boa fé com o enviado sobre um acordo de paz na crise síria e a implementar de forma completa e imediata sua proposta inicial de seis pontos".