Paquistão teria informações sobre Bin Laden desde 2007
Ex-espião afegão diz que entregou relatório detalhado e o governo o ignorou
Da Redação
Publicado em 3 de agosto de 2011 às 15h36.
São Paulo - O Paquistão já sabia, há pelo menos quatro anos, que Osama bin Laden estava escondido na região de Islamabad, onde foi encontrado e morto em uma operação militar articulada e executada pelos Estados Unidos. A afirmação é de Amrullah Saleh, ex-chefe de espionagem afegão, que garante ter entregue relatórios detalhados sobre a localização do terrorista em 2007 ao então presidente paquistanês Pervez Musharraf.
Segundo ele, a inteligência afegã identificou complexos residenciais da Al Qaeda em uma cidade chamada Manshera, próxima a Abbottabad, onde bin Laden realmente estava. Ouvido pela rede americana CNN, Saleh diz ter sido ignorado pelo governo e que, muito irritado, Musharraf se negou a checar as informações.
Se verdadeiro, o relato de Saleh confirma a principal crítica dos Estados Unidos: de que o Paquistão não se esforça o suficiente para ajudar a luta contra o terrorismo e que Bin Laden teria, inclusive, algum apoio no país para se manter escondido por tanto tempo - 3.519 dias, mais precisamente. Os americanos destacam que foi por isso que planejaram a ação que capturou e matou o líder da Al Qaeda sem informar o governo paquistanês que, por sua vez, classificaram o ato como uma “afronta à soberania nacional”.
Karzai - Além disso, de acordo com Saleh, o atual presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, teve uma “série de conversas secretas” com altos oficias da inteligência paquistanesa (ISI, sigla em inglês) e não confia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Karzai estaria agora colaborando com a ISI, uma agência que, também conforme o ex-espião, é um refúgio para chefes de grupos terroristas. Um deles seria Mullah Omar, líder dos talibãs afegãos, que cooperaria com autoridades do Paquistão e Afeganistão.
São Paulo - O Paquistão já sabia, há pelo menos quatro anos, que Osama bin Laden estava escondido na região de Islamabad, onde foi encontrado e morto em uma operação militar articulada e executada pelos Estados Unidos. A afirmação é de Amrullah Saleh, ex-chefe de espionagem afegão, que garante ter entregue relatórios detalhados sobre a localização do terrorista em 2007 ao então presidente paquistanês Pervez Musharraf.
Segundo ele, a inteligência afegã identificou complexos residenciais da Al Qaeda em uma cidade chamada Manshera, próxima a Abbottabad, onde bin Laden realmente estava. Ouvido pela rede americana CNN, Saleh diz ter sido ignorado pelo governo e que, muito irritado, Musharraf se negou a checar as informações.
Se verdadeiro, o relato de Saleh confirma a principal crítica dos Estados Unidos: de que o Paquistão não se esforça o suficiente para ajudar a luta contra o terrorismo e que Bin Laden teria, inclusive, algum apoio no país para se manter escondido por tanto tempo - 3.519 dias, mais precisamente. Os americanos destacam que foi por isso que planejaram a ação que capturou e matou o líder da Al Qaeda sem informar o governo paquistanês que, por sua vez, classificaram o ato como uma “afronta à soberania nacional”.
Karzai - Além disso, de acordo com Saleh, o atual presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, teve uma “série de conversas secretas” com altos oficias da inteligência paquistanesa (ISI, sigla em inglês) e não confia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Karzai estaria agora colaborando com a ISI, uma agência que, também conforme o ex-espião, é um refúgio para chefes de grupos terroristas. Um deles seria Mullah Omar, líder dos talibãs afegãos, que cooperaria com autoridades do Paquistão e Afeganistão.