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Paquistão enterra adolescente morta durante tiroteio em escola do Texas

No total 10 pessoas foram mortas por disparos efetuados por um aluno em escola de ensino médio de Santa Fe, entre eles a estudante Sabika Sheikh, de 17 anos

Paquistão: Minha filha é uma mártir, e os mártires não morrem, disse o pai da estudante (Akhtar Soomro/Reuters)

Paquistão: Minha filha é uma mártir, e os mártires não morrem, disse o pai da estudante (Akhtar Soomro/Reuters)

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AFP

Publicado em 23 de maio de 2018 às 10h35.

A estudante paquistanesa morta na última sexta-feira em um tiroteio na escola de ensino médio de Santa Fe (Texas, EUA) foi enterrada nesta quarta-feira (23) em Karachi, maior cidade do Paquistão.

Ao amanhecer, uma guarda de honra recebeu o corpo de Sabika Sheikh, de 17 anos, em sua chegada ao aeroporto de Karachi. Representantes do governo da província de Sindt, da qual Karachi é capital, também estiveram presentes, assim como o cônsul dos Estados Unidos no país, John E. Warner.

Coberto com uma bandeira paquistanesa, o caixão foi levado para a casa da família, onde os parentes da jovem estavam reunidos. Centenas de pessoas se reuniram em um espaço público para rezar em torno do caixão e dar os pêsames à família antes do enterro em um cemitério próximo.

"Estava previsto que voltaria, feliz, em 9 de junho. Quem poderia prever que voltaria dessa maneira?", lamentou seu tio, Muhammad Ali, denunciando uma morte "trágica".

"Minha filha é uma mártir, e os mártires não morrem", reagiu o pai, Abdul Aziz.

Sabika Sheikh, que estava há dez meses no instituto de Santa Fé por um programa de intercâmbio estudantil, foi uma das dez vítimas mortais do adolescente que abriu fogo contra alunos desses centro educacional na sexta-feira.

"O país inteiro está junto à jovem paquistanesa morta como mártir em um ataque terrorista nos Estados Unidos", declarou à imprensa Mohammad Zubair, o governador da província de Sindh.

Apesar das relações tumultuosas entre Washington e Islamabad, os Estados Unidos continuam sendo um destino privilegiado para os estudantes paquistaneses. Milhares deles se matriculam todos os anos em escolas americanas.

O tiroteio de Santa Fé aconteceu apenas três meses depois do ocorrido em Parkland, na Flórida, que deixou 17 mortos e deflagrou um movimento sem precedentes em favor do controle das armas.

A "Marcha por nossas vidas" reuniu um milhão de pessoas no final de março nos Estados Unidos, mas ainda não foi desta vez os líderes políticos tomaram medidas legais significativas.

O tiroteio de Santa Fé é o 22º registrado em uma escola americana desde o início do ano, segundo a imprensa americana. As armas de fogo, que fazem parte da cultura dos Estados Unidos, matam a cada ano 30.000 pessoas no país.

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