Mundo

Papandreou é nova vítima política da crise da dívida europeia

Além do premiê grego, líderes de pelo menos outros quatro países europeus foram atingidos pela crise

Papandreou comprometeu-se a renunciar depois de concluir um acordo com a oposição conservadora
 (David Ramos/Getty Images)

Papandreou comprometeu-se a renunciar depois de concluir um acordo com a oposição conservadora (David Ramos/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2011 às 09h04.

O socialista Georges Papandreou, que no domingo anunciou sua renúncia iminente ao cargo de primeiro-ministro da Grécia, somou-se à longa lista de chefes de governo europeus obrigados a renunciar devido à crise da dívida que atinge a Europa.

Estas são as principais vítimas políticas da crise.

- IRLANDA: o primeiro-ministro Brian Cowen, do partido de centro-direita Fianna Fail, tornou-se a primeira vítima da crise depois de perder as eleições legislativas de fevereiro.

Cowen foi substituído por Enda Kenny, do partido Fine Gael, de centro-direita, à frente de uma coalizão que solicitou à União Europeia uma renegociação do plano de resgate de 2010.

- PORTUGAL: o primeiro-ministro socialista José Sócrates renunciou em março de 2011, quando o Parlamento rejeitou um quarto programa de austeridade.

A direita venceu as eleições legislativas realizadas em junho e o liberal Pedro Passos Coelho assumiu o cargo de primeiro-ministro.

- ESLOVÁQUIA: em março de 2012 serão realizadas eleições legislativas antecipadas consecutivas à queda do governo de centro-direita de Iveta Radicova, que em outubro não obteve a confiança do Parlamento na votação sobre a ampliação do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF).

O FEEF, rejeitado em uma primeira votação, foi aprovado em uma segunda instância com o apoio da oposição social-democrata, que obteve a organização de eleições antecipadas.

- GRÉCIA: o socialista Georges Papandreou comprometeu-se a renunciar depois de concluir um acordo com a oposição conservadora para formar um governo de unidade nacional e realizar eleições legislativas antecipadas no dia 19 de fevereiro de 2012.

No poder desde 2009, Papandreou, de 59 anos, lançou medidas de austeridade drásticas para solucionar a crise da dívida externa, o que provocou uma dura recessão econômica, sem conseguir convencer a opinião pública, nem tranquilizar seus credores.

- ESPANHA: o primeiro-ministro socialista, José Luis Rodríguez Zapatero, decidiu em julho passado adiantar para novembro de 2011 as eleições legislativas previstas para março de 2012 devido à impopularidade de seu governo pelas medidas de austeridade aplicadas desde 2010.

Nos outros países da Eurozona, os líderes políticos atingem recordes de impopularidade, como o presidente francês, Nicolas Sarkozy, o chefe do governo italiano, Silvio Berlusconi, ou a chanceler alemã, Angela Merkel.

Acompanhe tudo sobre:Crise gregaCrises em empresasEuropaGréciaPiigsUnião Europeia

Mais de Mundo

Sob pressão para desistir de reeleição, Biden tenta usar reunião da Otan para mostrar força

Mujica vive 'momento mais difícil' de tratamento para câncer, afirma sua esposa

Petro pede grande mobilização de camponeses para promover reforma agrária

Terceiro caso humano de peste bubônica é confirmado nos Estados Unidos

Mais na Exame