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Papademos: Grécia garante à zona do euro que cumprirá compromissos

O primeiro-ministro grego declarou que o governo de união nacional que preside garantirá o cumprimento do acordo por escrito

Papademos se reúne nesta segunda-feira em Bruxelas com líderes de grupos europeus para apresentar seu programa de governo (Ralph Orlowski/Getty Images)

Papademos se reúne nesta segunda-feira em Bruxelas com líderes de grupos europeus para apresentar seu programa de governo (Ralph Orlowski/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 21 de novembro de 2011 às 12h54.

Bruxelas - O primeiro-ministro grego, Lucas Papademos, declarou nesta segunda-feira que o governo de união nacional que preside garantirá por escrito à zona do euro o cumprimento de seus compromissos.

'Não há nenhuma dúvida de que o novo governo grego irá firmar este compromisso por escrito', afirmou Papademos em uma declaração à imprensa concedida depois de se reunir com o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, e o comissário europeu para Assuntos Econômicos e Monetários, Olli Rehn.

O primeiro-ministro grego, quem também se reúne nesta segunda-feira com o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, destacou que os líderes dos partidos gregos que apoiam o novo governo de unidade 'já expressaram através de suas ações e seu voto de confiança seu compromisso de honrar as metas do Executivo'.

Papademos considerou importante, no entanto, que os partidos políticos gregos também 'confirmem seu compromisso a longo prazo' com as políticas econômicas que são necessárias para restaurar a economia grega.

'Esta carta dos líderes que apoiam o governo foi solicitada pelo Eurogrupo, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a União Europeia (UE), e considero que é necessária para eliminar as incertezas e as ambiguidades sobre as medidas que serão tomadas no futuro pelos partidos que poderiam estar no poder', indicou.


O líder do partido conservador Nova Democracia, Antonis Samaras, resiste a certificar por escrito o compromisso de que cumprirá as medidas estipuladas com a zona do euro.

O Eurogrupo quer garantias de que, independentemente de quem governe a Grécia após novas eleições, Atenas cumprirá seus compromissos com os acordos aprovados na cúpula de 27 de outubro, que incluem o segundo resgate à Grécia por 130 bilhões de euros e o perdão da metade da dívida por parte dos bancos.

O presidente da Comissão Europeia, por sua vez, se mostrou 'muito confiante' de que a Grécia entregará a seus sócios europeus as garantias que exigiu em troca de prosseguir com o resgate.

A UE e o FMI bloquearam o desembolso do sexto lance de ajuda à Grécia, de 8 bilhões de euros, até que o país apresente uma garantia clara e inequívoca de que cumprirá as medidas estipuladas.

Papademos se comprometeu a aplicar os acordos da cúpula da zona do euro para avançar no segundo resgate e fechar a negociação da participação do setor privado.

Este é o primeiro objetivo do novo governo grego, que também prevê promover mais medidas, particularmente na área das reformas, para melhorar a competitividade, a atividade econômica e a criação de empregos.

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