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Papademos enfrenta primeira prova de fogo nas ruas de Atenas

Na cidade, ocorre uma passeata popular em comemoração ao 38º levantamento estudantil contra a junta militar. Mobilização é teste para novo premiê grego

Mais de sete mil agentes foram desdobrados em Atenas para evitar distúrbios. Mobilização é teste para gestão de Papademos (Aris Messinis/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de novembro de 2011 às 06h24.

Atenas - Após obter seu voto de confiança no Parlamento, o novo governo grego de Lucas Papademos enfrenta sua primeira prova de fogo nas ruas de Atenas, onde acontece nesta quinta-feira uma passeata popular em comemoração ao 38º levantamento estudantil contra a junta militar.

De acordo com o planejamento dos organizadores, a marcha partirá às 11h (de Brasília) da Universidade Técnica Nacional de Atenas em direção à embaixada dos Estados Unidos.

Segundo o Ministério de Proteção ao Cidadão, mais de sete mil agentes foram desdobrados em Atenas para evitar distúrbios, pois essa tradicional manifestação já se tornou palco de confrontos entre grupos radicais e a polícia.

Os incidentes mais graves até agora aconteceram em 1980, quando dois manifestantes morreram em um confronto que durou toda a noite e causou várias dezenas de feridos.

Neste ano, a comunidade universitária está profundamente descontente por conta de uma nova lei aprovada no Parlamento em setembro com os votos dos três partidos que integram e apoiam o novo Executivo de Papademos.

A nova legislação reduz drasticamente o poder dos reitores, introduz o financiamento das universidades pelo setor privado e derruba a proibição da presença policial nos campus sem convite prévio das autoridades universitárias.

Além disso, as medidas de austeridade impostas nos dois últimos anos para salvar o país da quebra e receber ajuda externa, assim como as reformas pouco populares anunciadas pelo novo primeiro- ministro com o mesmo propósito, têm provocado um mal-estar social crescente.

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Segundo o Ministério de Proteção ao Cidadão, mais de sete mil agentes foram desdobrados em Atenas para evitar distúrbios, pois essa tradicional manifestação já se tornou palco de confrontos entre grupos radicais e a polícia.

Os incidentes mais graves até agora aconteceram em 1980, quando dois manifestantes morreram em um confronto que durou toda a noite e causou várias dezenas de feridos.

Neste ano, a comunidade universitária está profundamente descontente por conta de uma nova lei aprovada no Parlamento em setembro com os votos dos três partidos que integram e apoiam o novo Executivo de Papademos.

A nova legislação reduz drasticamente o poder dos reitores, introduz o financiamento das universidades pelo setor privado e derruba a proibição da presença policial nos campus sem convite prévio das autoridades universitárias.

Além disso, as medidas de austeridade impostas nos dois últimos anos para salvar o país da quebra e receber ajuda externa, assim como as reformas pouco populares anunciadas pelo novo primeiro- ministro com o mesmo propósito, têm provocado um mal-estar social crescente.

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