Exame Logo

Papa viaja a Turquia para defender diálogo e paz

O país abriga dois milhões de refugiados, incluindo muitos cristãos do Iraque e da Síria

O papa Francisco acena para os fiéis antes de embarcar para uma viagem de três dias a Turquia (Andreas Solaro/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2014 às 06h58.

Cidade do Vaticano - O papa Francisco inicia nesta sexta-feira uma viagem de três dias a Turquia para defender o diálogo entre as religiões e a paz no Oriente Médio, em um país que abriga dois milhões de refugiados, incluindo muitos cristãos do Iraque e da Síria.

A viagem começa por Ancara e prosseguirá em Istambul, onde o pontífice visitará o Museu de Santa Sofia e a Mesquita Azul, lugares emblemáticos para os muçulmanos, como fez em 2006 Bento XVI, em um momento muito mais tenso por suas polêmicas declarações sobre a relação entre violência e islã que geraram uma onda de protestos.

O motivo oficial da visita de Francisco é um encontro com Bartolomeu I, o patriarca ortodoxo ecumênico de Constantinopla, com o qual mantém laços de amizade, apesar de ser uma igreja separada de Roma desde o século XI.

Francisco, que tem grande popularidade entre católicos, judeus e muçulmanos, pretende mostrar com fatos que o diálogo é possível entre as religiões e que é possível trabalhar juntos pela paz.

A viagem pode ser considerada delicada, já que a Turquia, com 76 milhões de habitantes, tem 99% da população muçulmana e passa por um momento de tensão pelos conflitos no Iraque e na Síria, o que motivou confrontos internos entre curdos e turcos.

Espero que a viagem à Turquia "dê frutos de paz e de sincero diálogo entre religiões", desejou o papa na quarta-feira durante a audiência geral.

"Convido todos a rezar para que esta visita de Pedro ao irmão André dê frutos de paz, diálogo sincero entre as religiões e harmonia na nação turca", disse Francisco em referência aos fundadores da igreja Católica e da igreja do Oriente.

Francisco defenderá o respeito entre o cristianismo e o islã e pedirá uma maior cooperação entre católicos e ortodoxos, uma mensagem que espera que chegue também à Ucrânia.

A visita estará marcada por grandes medidas de segurança e não foram programados passeios de papamóvel.

O Papa desembarcará em Ancara, onde se encontrará com o presidente islamita moderado Recep Tayyip Erdogan em seu luxuoso palácio.

O pontífice visitará o mausoléu de Kemal Ataturk, fundador em 1923 e primeiro presidente da moderna República da Turquia, após a queda do Império otomano ao fim da Primeira Guerra Mundial.

No sábado, dia 29, viajará a Istambul, onde percorrerá o Museu de Santa Sofia e a Mesquita Azul.

Depois celebrará uma missa na catedral católica do Espírito Santo e participará de uma oração com o patriarca ortodoxo de Constantinopla.

No domingo, Francisco participará da festa de Santo André na Igreja Patriarcal de São Jorge que terminará com a bênção ecumênica e a assinatura de uma declaração conjunta com o patriarca.

Na ocasião provavelmente lembrará a histórica visita de Paulo VI à Turquia em 1967, a primeira de um Papa a este país.

Veja também

Cidade do Vaticano - O papa Francisco inicia nesta sexta-feira uma viagem de três dias a Turquia para defender o diálogo entre as religiões e a paz no Oriente Médio, em um país que abriga dois milhões de refugiados, incluindo muitos cristãos do Iraque e da Síria.

A viagem começa por Ancara e prosseguirá em Istambul, onde o pontífice visitará o Museu de Santa Sofia e a Mesquita Azul, lugares emblemáticos para os muçulmanos, como fez em 2006 Bento XVI, em um momento muito mais tenso por suas polêmicas declarações sobre a relação entre violência e islã que geraram uma onda de protestos.

O motivo oficial da visita de Francisco é um encontro com Bartolomeu I, o patriarca ortodoxo ecumênico de Constantinopla, com o qual mantém laços de amizade, apesar de ser uma igreja separada de Roma desde o século XI.

Francisco, que tem grande popularidade entre católicos, judeus e muçulmanos, pretende mostrar com fatos que o diálogo é possível entre as religiões e que é possível trabalhar juntos pela paz.

A viagem pode ser considerada delicada, já que a Turquia, com 76 milhões de habitantes, tem 99% da população muçulmana e passa por um momento de tensão pelos conflitos no Iraque e na Síria, o que motivou confrontos internos entre curdos e turcos.

Espero que a viagem à Turquia "dê frutos de paz e de sincero diálogo entre religiões", desejou o papa na quarta-feira durante a audiência geral.

"Convido todos a rezar para que esta visita de Pedro ao irmão André dê frutos de paz, diálogo sincero entre as religiões e harmonia na nação turca", disse Francisco em referência aos fundadores da igreja Católica e da igreja do Oriente.

Francisco defenderá o respeito entre o cristianismo e o islã e pedirá uma maior cooperação entre católicos e ortodoxos, uma mensagem que espera que chegue também à Ucrânia.

A visita estará marcada por grandes medidas de segurança e não foram programados passeios de papamóvel.

O Papa desembarcará em Ancara, onde se encontrará com o presidente islamita moderado Recep Tayyip Erdogan em seu luxuoso palácio.

O pontífice visitará o mausoléu de Kemal Ataturk, fundador em 1923 e primeiro presidente da moderna República da Turquia, após a queda do Império otomano ao fim da Primeira Guerra Mundial.

No sábado, dia 29, viajará a Istambul, onde percorrerá o Museu de Santa Sofia e a Mesquita Azul.

Depois celebrará uma missa na catedral católica do Espírito Santo e participará de uma oração com o patriarca ortodoxo de Constantinopla.

No domingo, Francisco participará da festa de Santo André na Igreja Patriarcal de São Jorge que terminará com a bênção ecumênica e a assinatura de uma declaração conjunta com o patriarca.

Na ocasião provavelmente lembrará a histórica visita de Paulo VI à Turquia em 1967, a primeira de um Papa a este país.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEuropaOriente MédioPapa FranciscoPapasTurquia

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame