Mundo

Papa se comove com localização de neto pela avó após 36 anos

O papa ficou profundamente comovido com a informação de que Estela de Carlotto conseguiu localizar seu neto Guido, nascido durante a ditadura argentina

Estela Carlotto, presidente do grupo Avós da Praça de Maio (Daniel Garcia/AFP)

Estela Carlotto, presidente do grupo Avós da Praça de Maio (Daniel Garcia/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2014 às 12h39.

Cidade do Vaticano - O papa Francisco ficou "profundamente comovido" com a notícia de que a presidente da associação Avós da Praça de Maio, Estela de Carlotto, conseguiu localizar seu neto Guido, nascido em um centro clandestino de detenção durante a ditadura militar na Argentina (1976-1983).

O mestre de cerimônias pontifício, monsenhor Guillermo Karcher, disse, em entrevista à ANSA, que o papa, "como todos nós argentinos", ficou emocionado, pois o episódio "diz respeito a uma parte da nossa história e a descoberta é como um raio de luz".

Francisco se encontrou com a ativista em abril de 2013.

Carlotto, de 83 anos, é uma das principais militantes pelos direitos humanos na Argentina e lidera a organização criada no final dos anos 1970 que luta para identificar os cerca de 500 filhos de presos políticos que foram sequestrados e adotados ilegalmente.

Até o momento, mais de 110 netos foram identificados.

Ela anunciou nesta terça-feira que Guido se apresentou voluntariamente e se ofereceu para fazer um teste de DNA, após ter dúvidas sobre sua origem.

O jovem, batizado com o nome de seu avô, nasceu em 26 de junho de 1978 em um hospital militar.

Sua mãe, Laura, foi morta em agosto daquele ano e Carlotto nunca mais teve notícias do neto.

Com 36 anos de idade, o rapaz é músico e vive em Olavarria, na província de Buenos Aires, com sua esposa e filhos.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaArgentinaDitaduraPapa FranciscoPapas

Mais de Mundo

SAIC e Volkswagen renovam parceria com plano de eletrificação

Novas regras da China facilitam exportações no comércio eletrônico

Magnata vietnamita terá que pagar US$ 11 bi se quiser fugir de pena de morte

França afirma que respeitará imunidade de Netanyahu se Corte de Haia exigir prisão