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Papa quer julgamento do Opus Dei na Espanha por abuso sexual

Papa Francisco ordenou a realização de um julgamento contra professor e colégio da instituição por abuso sexual de 8 anos atrás a um aluno


	Papa Francisco: pais do menino que sofreu abusos pelo Opus Dei escreveram uma carta ao papa em 2014
 (Giampiero Sposito/Reuters)

Papa Francisco: pais do menino que sofreu abusos pelo Opus Dei escreveram uma carta ao papa em 2014 (Giampiero Sposito/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2015 às 14h56.

Bilbao - O papa Francisco determinou que seja feito um julgamento canônico contra um professor e um colégio do Opus Dei na Espanha pelo abuso sexual há oito anos de um aluno da instituição.

Em carta datada em dezembro de 2014 na Cidade do Vaticano, à qual a Agência Efe teve acesso, o pontífice informa à família da vítima que enviou a documentação que eles forneceram contando o caso "à Congregação para a Doutrina da Fé para que seja realizado o julgamento canônico do educador e do colégio, mas sem incomodar o menino".

"Tudo o que venha do Santo Padre será muito bem atendido", respondeu nesta sexta-feira o Colégio Gaztelueta, situado na cidade de Leioa, informando que o professor não está mais no quadro de funcionários da instituição.

O diretor afirmou em comunicado que se algum dos fatos descritos for provado, "merecerá condenação total".

O Escritório de Informação do Opus Dei na Espanha disse estar comprometido a "chegar o mais rápido possível ao esclarecimento dos fatos". Já o Bispado de Bilbao informou que a escola em questão "pertence jurídica e canonicamente à Prelazia do Opus Dei, de modo que fica fora da jurisdição do bispo diocesano".

Os pais do menino, que faz parte da obra corporativa do Opus Dei, escreveram uma carta ao papa Francisco em 2014 relatando os abusos sexuais que a criança tinha sofrido na escola.

O caso se tornou público em janeiro de 2013, quando o pai revelou a imprensa os abusos e a falta de resposta oportuna do colégio. Conforme relatou, os abusos sexuais cometidos pelo professor, que é laico, aconteceram de 2008 a 2010, quando o menino entre 12 e 13 anos.

Após saber o que ocorria em 2011, a família decidiu não denunciar o caso até que o jovem estivesse recuperado psicologicamente e pronto para enfrentar um processo legal, o que aconteceu agora com a apresentação de uma denúncia em um tribunal. 

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