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Papa pede aos casais que união seja sóbria e não mundana

O papa Francisco pediu os jovens casais de namorados que seu casamento seja sóbrio


	Papa Francisco: para o papa, "o amor verdadeiro não se impõe com dureza e agressividade"
 (Max Rossi/Reuters)

Papa Francisco: para o papa, "o amor verdadeiro não se impõe com dureza e agressividade" (Max Rossi/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2014 às 11h54.

Cidade do Vaticano - O papa Francisco pediu nesta sexta-feira, Dia de São Valentim, aos jovens casais de namorados que seu casamento seja "sóbrio" e uma "verdadeira festa cristã e não mundana", porque "alguns estão mais preocupados com o exterior, as fotografias, os trajes, os vestidos e as flores".

Esta foi a resposta do papa argentino a um casal que está com dificuldades econômicas e deve fazer um casamento mais modesto.

Um sorridente pontífice se reuniu na Praça de São Pedro com 20 mil casais de 28 países de todo o mundo, por causa do dia de São Valentim, em uma celebração histórica, denominada "A Alegria do SIM para sempre", a primeira deste gênero que é realizada no Vaticano.

Previamente à aparição do papa, a Praça de São Pedro se transformou em um gigante palco de atuações dos cantores, que entoaram românticas melodias, como "Love is all around".

No meio de um ambiente festivo entre milhares de casais sorridentes e apaixonadas, o papa chegou a bordo de seu papa móvel e já no palanque escutou três perguntas que foram formuladas por três casais, e antes de responder, confessou sorrindo que tinha recebido elas antes e, portanto, sabia o que responderia.

A um casal de Gibraltar que falou em llanito, o papa respondeu que "o amor que envolve uma família" tem que ser "um amor para sempre" e capaz de vencer "todas as barreiras", disse.

Para o papa, "o amor verdadeiro não se impõe com dureza e agressividade", mas surge e é conservado através de valores como "a cortesia".


Francisco comentou aos apaixonados que "viver juntos é uma arte, um caminho paciente, lindo e fascinante" que se sustenta em três palavras, que em outras ocasiões já mencionou perante as famílias cristãs: "permissão, agradecimento e perdão". E falou sobre o "perdão".

"Geralmente cada um de nós está preparado para acusar o outro e justificar si mesmo. É um instinto que está na origem de muitos desastres".

O papa reconheceu que não existe família perfeita, como também não existe marido perfeito e nem mulher perfeita.

"Nem falemos da sogra perfeita", acrescentou perante a gargalhada geral.

Francisco continuou em tom jovial com uma menção aos casais de avós que participam de missas e segundo comentou, em algumas ocasiões pergunta como levam a vida como casados.

"Aqui quem suporta quem?, eu pergunto. "Um ao outro", me respondem. Isso é o lindo!", disse cada vez mais encorajado.

"Alguns estão mais preocupados com o exterior, as fotografias, os trajes e vestidos e as flores. São coisas importantes em uma festa, mas não são capazes de indicar o verdadeiro motivo de vossa alegria: a bênção do Senhor sobre vosso amor", concluiu.

O papa recomendou a todos os apaixonados que agradeçam um ao outro.

"É necessário saber dizer obrigada para continuar adiante juntos", sustentou.

E Francisco finalizou suas recomendações para o amor com seu remédio para conservá-lo. "Brigar entre marido e mulher é habitual, mas por favor, lembrai disto: Nunca encerre o dia sem fazer as pazes".

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