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Papa Francisco vai à Colômbia para incentivar paz com as Farc

ÀS SETE - A visita do pontífice ocorre num momento de tensões entre o governo e os guerrilheiros, que agora atuam formalmente na política colombiana

Papa: no dia 16 de dezembro, o papa já havia dado sua bênção ao acordo, que resolveu um conflito que se estendia desde a década de 1960 (Tony Gentile/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 6 de setembro de 2017 às 06h16.

Última atualização em 6 de setembro de 2017 às 07h44.

O Papa Francisco chega à Colômbia nesta quarta-feira para incentivar a manutenção do acordo de paz do governo com as Farc. No dia 16 de dezembro, o papa já havia dado sua bênção ao acordo, que resolveu um conflito que se estendia desde a década de 1960, quando a guerrilha foi formada.

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A visita ocorre num momento de tensões entre o governo e os guerrilheiros, que agora atuam formalmente na política colombiana.

Sob o lema “demos o primeiro passo”, o papa inicia sua viagem de cinco dias pela Colômbia a partir das 16h30, hora de sua chegada a Bogotá. Na quinta-feira, o papa tem uma reunião privada com o presidente do país, Juan Manuel Santos, mas nenhum encontro oficial com representantes da Farc está agendado.

A partir de sexta ele segue viagem pelo país, visitando as cidades de Villavicencio, Medellín e Cartagena, onde encerra sua estadia, no domingo, com discurso na tradicional Plaza San Pedro.

No dia 29 de agosto, as Farc acusaram o governo de estar descumprindo o acordo de paz, ao não libertar os presos políticos — há mais de 8.000 pessoas presas, dentre guerrilheiros e outros ativistas.

Na sexta-feira, as Farc se tornaram oficialmente um partido, e a sigla que significava Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia passaram a resumir Força Alternativa Revolucionária do Comum.

O líder do grupo, Timoshenko, é agora o presidente do partido. Um ato de lançamento do partido foi proibido pelo prefeito de Bogotá, Enrique Peñalosa, mas o partido realizou um ato no Congresso no domingo entre parlamentares.

A imagem das Farc na Colômbia não é boa — apenas 15% dos colombianos veem os guerrilheiros positivamente —, mas é melhor do que a média dos partidos em geral, que fica em 8% apenas, de acordo com pesquisa do instituto Gallup.

As questões com as Farc ainda nem estão bem resolvidas e o presidente colombiano já avança em mais um acordo, com o Exército da Liberação Nacional (ELN).

Na segunda-feira, Juan Manuel Santos anunciou um cessar-fogo com os guerrilheiros, tão antigos no país quanto as Farc. Haja bênção para tanta negociação.

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