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Papa Francisco reforça vigilância financeira no Vaticano

Pontífice reforçou vigilância das operações financeiras do Vaticano, como parte de cooperação com comitê que luta contra lavagem de dinheiro

Papa Francisco: ações mostram a vontade do papa de limpar as finanças do Vaticano (Gabriel Bouys/AFP)
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Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2013 às 13h00.

Cidade do Vacitano - O papa Francisco reforçou nesta quinta-feira a vigilância das operações financeiras do Vaticano, como parte da cooperação com o comitê de especialistas europeus Moneyval, que luta contra a lavagem de dinheiro .

Francisco reforçou por "motu proprio" (decreto papal) as funções da Autoridade Financeira de Informação (AIF), criada em 2010 pelo papa Bento XVI.

A iniciativa supõe uma continuação das medidas já aprovadas em termos de prevenção e luta contra atividades ilegais no setor financeiro e monetário pelo papa anterior, Bento XVI, em 30 de dezembro de 2010.

Através do decreto, o papa aprova a introdução de muitas medidas e estabelece que as leis que se aplicam ao Estado Vaticano se estendem a seus ministérios, organismos e instituições que dependem da Santa Sé, assim como a organizações não lucrativas da Igreja, como, por exemplo, a Caritas.

A AIF também se converte em um organismo de "avaliação e aprovação" de atividades que impliquem movimentos financeiros, uma resposta ao pedido feito pelo Moneyval, o órgão do Conselho da Europa para a luta contra a lavagem de dinheiro, indicou em um comunicado o Vaticano.

Essas medidas respondem ao pedido feito pelo Moneyval, o órgão do Conselho da Europa para a Luta contra a Lavagem de Dinheiro, indica o Vaticano em um comunicado.

O Moneyval reconheceu que a Santa Sé percorreu "um longo caminho em muito pouco tempo" em termos de luta contra a lavagem de capitais.

"Desejo renovar o compromisso da Santa Sé em adotar os princípios e executar os instrumentos jurídicos desenvolvidos pela comunidade internacional, adequando ainda mais a ordem institucional tendo como fim a prevenção e a luta contra a lavagem, o financiamento do terrorismo e a proliferação de armas de destruição em massa", escreve o pontífice argentino no documento.


Com o documento papal, se cria o "comitê de segurança financeira" com o objetivo de coordenar as atividades da Santa Sé em matéria de prevenção e luta contra a lavagem, acrescenta a nota.

O "motu propio", estipulado em agosto, demonstra a vontade do papa Francisco de limpar as finanças do Vaticano, cujo banco esteve envolvido por anos em operações obscuras de lavagem de dinheiro e corrupção.

"Trata-se de um instrumento que oferece a garantia de que se seguirá o caminho iniciado. No mundo atual tenta-se resistir diante de formas cada vez mais sofisticadas de criminalidade financeira. Temos que enfrentar os desafios para a proteção da legalidade, não ficarmos para trás", explicou o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi.

"A promoção do desenvolvimento humano integral sobre o plano material e moral requer uma profunda reflexão sobre a vocação dos setores econômicos e financeiros e sobre sua correspondência como fim último da realização do bem comum", afirma ainda o papa.

"Por este motivo - prossegue -, a Santa Sé, em conformidade com sua natureza e missão, participa nos esforços da comunidade internacional destinados à proteção e à promoção da integridade, estabilidade e transparência dos setores econômicos e financeiros e a prevenção e a luta contra as atividades delituosas", acrescenta.

Em 11 de julho passado, o papa Francisco aprovou com outro "motu proprio" uma reforma do código penal do Vaticano que reforça as sanções contra a corrupção e a lavagem de dinheiro e as ajusta aos parâmetros internacionais.

As novas normas, que entrarão em vigor em 1º de setembro, são aplicadas a todos os membros da Cúria, assim como a todo o pessoal diplomático e a todos os funcionários de organismos e de instituições vinculadas à Santa Sé.

Antes de aplicar a reforma prevista para o Banco Vaticano, o papa nomeou uma comissão de investigação para examinar o caso.

Francisco, eleito papa em março, se comprometeu em realizar uma reforma profunda das instituições vaticanas.

Em abril, designou um grupo de oito cardeais para que o aconselhem e estudem um projeto de reforma da Cúria Romana, o governo central, e, em junho, ordenou uma comissão de investigação para renovar o controvertido Banco do Vaticano.

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Cidade do Vacitano - O papa Francisco reforçou nesta quinta-feira a vigilância das operações financeiras do Vaticano, como parte da cooperação com o comitê de especialistas europeus Moneyval, que luta contra a lavagem de dinheiro .

Francisco reforçou por "motu proprio" (decreto papal) as funções da Autoridade Financeira de Informação (AIF), criada em 2010 pelo papa Bento XVI.

A iniciativa supõe uma continuação das medidas já aprovadas em termos de prevenção e luta contra atividades ilegais no setor financeiro e monetário pelo papa anterior, Bento XVI, em 30 de dezembro de 2010.

Através do decreto, o papa aprova a introdução de muitas medidas e estabelece que as leis que se aplicam ao Estado Vaticano se estendem a seus ministérios, organismos e instituições que dependem da Santa Sé, assim como a organizações não lucrativas da Igreja, como, por exemplo, a Caritas.

A AIF também se converte em um organismo de "avaliação e aprovação" de atividades que impliquem movimentos financeiros, uma resposta ao pedido feito pelo Moneyval, o órgão do Conselho da Europa para a luta contra a lavagem de dinheiro, indicou em um comunicado o Vaticano.

Essas medidas respondem ao pedido feito pelo Moneyval, o órgão do Conselho da Europa para a Luta contra a Lavagem de Dinheiro, indica o Vaticano em um comunicado.

O Moneyval reconheceu que a Santa Sé percorreu "um longo caminho em muito pouco tempo" em termos de luta contra a lavagem de capitais.

"Desejo renovar o compromisso da Santa Sé em adotar os princípios e executar os instrumentos jurídicos desenvolvidos pela comunidade internacional, adequando ainda mais a ordem institucional tendo como fim a prevenção e a luta contra a lavagem, o financiamento do terrorismo e a proliferação de armas de destruição em massa", escreve o pontífice argentino no documento.


Com o documento papal, se cria o "comitê de segurança financeira" com o objetivo de coordenar as atividades da Santa Sé em matéria de prevenção e luta contra a lavagem, acrescenta a nota.

O "motu propio", estipulado em agosto, demonstra a vontade do papa Francisco de limpar as finanças do Vaticano, cujo banco esteve envolvido por anos em operações obscuras de lavagem de dinheiro e corrupção.

"Trata-se de um instrumento que oferece a garantia de que se seguirá o caminho iniciado. No mundo atual tenta-se resistir diante de formas cada vez mais sofisticadas de criminalidade financeira. Temos que enfrentar os desafios para a proteção da legalidade, não ficarmos para trás", explicou o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi.

"A promoção do desenvolvimento humano integral sobre o plano material e moral requer uma profunda reflexão sobre a vocação dos setores econômicos e financeiros e sobre sua correspondência como fim último da realização do bem comum", afirma ainda o papa.

"Por este motivo - prossegue -, a Santa Sé, em conformidade com sua natureza e missão, participa nos esforços da comunidade internacional destinados à proteção e à promoção da integridade, estabilidade e transparência dos setores econômicos e financeiros e a prevenção e a luta contra as atividades delituosas", acrescenta.

Em 11 de julho passado, o papa Francisco aprovou com outro "motu proprio" uma reforma do código penal do Vaticano que reforça as sanções contra a corrupção e a lavagem de dinheiro e as ajusta aos parâmetros internacionais.

As novas normas, que entrarão em vigor em 1º de setembro, são aplicadas a todos os membros da Cúria, assim como a todo o pessoal diplomático e a todos os funcionários de organismos e de instituições vinculadas à Santa Sé.

Antes de aplicar a reforma prevista para o Banco Vaticano, o papa nomeou uma comissão de investigação para examinar o caso.

Francisco, eleito papa em março, se comprometeu em realizar uma reforma profunda das instituições vaticanas.

Em abril, designou um grupo de oito cardeais para que o aconselhem e estudem um projeto de reforma da Cúria Romana, o governo central, e, em junho, ordenou uma comissão de investigação para renovar o controvertido Banco do Vaticano.

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