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Papa Francisco encoraja Angela Merkel a lutar por acordo de Paris

A chanceler alemã disse que o papa Francisco a encorajou a trabalhar para preservar o histórico acordo de Paris, apesar da retirada dos Estados Unidos

Papa Francisco e Angela Merkel: Encontro aconteceu neste sábado, no Vaticano (Osservatore Romano/Reuters)

Papa Francisco e Angela Merkel: Encontro aconteceu neste sábado, no Vaticano (Osservatore Romano/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de junho de 2017 às 15h00.

Vaticano - A chanceler alemã Angela Merkel disse neste sábado (17) que o papa Francisco a encorajou a trabalhar para preservar o histórico acordo de Paris, apesar da retirada dos Estados Unidos. A declaração foi feita durante o encontro entre Merkel e o papa no Palácio Apostólico para debater sobre a reunião do G20 que deverá ser realizada em Hamburgo nos dias 7 e 8 de julho. Na ocasião, Merkel afirmou ainda seu objetivo de "derrubar os muros" que dividem países, ao invés de construí-los.

A reunião desta manhã foi centrada na necessidade da comunidade internacional combater a pobreza, a fome, o terrorismo e as mudanças climáticas, segundo informações do Vaticano. Merkel declarou que Francisco a encorajou a lutar por acordos internacionais, incluindo o acordo de Paris, cujo objetivo é reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Também disse a repórteres que apresentou ao papa as propostas da Alemanha para a reunião do G-20, uma agenda que "assume que somos um mundo no qual queremos trabalhar juntos de forma multilateral, um mundo no qual não queremos construir muros, mas derrubá-los".

A frase remete às recentes declarações de Francisco convocando as nações a construir pontes e não muros, referindo-se aos planos da administração Trump de construir um muro na fronteira dos Estados Unidos com o México.

Assim como na visita do presidente dos EUA, Donald Trump, Francisco entregou a Merkel uma cópia de sua encíclica ambiental, que trata da luta contra as mudanças climáticas e do cuidado com o meio ambiente como uma obrigação moral urgente. A encíclica foi apresentada antes do acordo de Paris, em uma tentativa de criar um consenso global sobre a necessidade de mudar modelos de desenvolvimento "perversos" que, segundo o papa, enriqueceram os ricos às custas dos pobres e tornaram a criação de Deus em uma "imensa pilha de sujeira".

Francisco deu início ao encontro deste sábado expressando suas condolências pela morte do ex-chanceler Helmut Kohl. Em um comunicado oficial, Francisco disse que Kohl foi um "grande estadista e um europeu convicto", que trabalhou incansavelmente pela unidade de seu país e do continente europeu. Fonte: Associated Press.

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