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Papa diz que medo de imigrantes pode deixar pessoas loucas

A imigração deve ser um dos temas principais da visita de seis dias do papa Francisco ao Panamá

O papa também anunciou uma visita ao Japão em novembro (Vatican Media/Reuters)

O papa também anunciou uma visita ao Japão em novembro (Vatican Media/Reuters)

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Reuters

Publicado em 23 de janeiro de 2019 às 14h02.

Avião papal - O papa Francisco sugeriu nesta quarta-feira que a hostilidade contra imigrantes é motivada por medos irracionais, à medida que segue para a América Central, de onde muitos imigrantes saem a caminho dos Estados Unidos.

O presidente dos EUA, Donald Trump, pediu ao Congresso 5,7 bilhões de dólares para construir um muro ao longo da fronteira do país com o México, para impedir a entrada de imigrantes --uma demanda rejeitada por democratas que levou à paralisação parcial do governo norte-americano.

Um dos repórteres viajando com o papa para o Panamá disse ao pontífice que havia visto recentemente uma barreira elaborada para conter imigrantes que se estendia pelo oceano Pacífico em San Diego, na ponta oeste da fronteira dos EUA com o México, e a descreveu como uma “loucura”.

“O medo nos deixa loucos”, respondeu Francisco.

A imigração deve ser um dos temas principais da visita de seis dias do papa ao Panamá. Enfatizando o foco do pontífice na questão, Francisco se reuniu com oito refugiados que vivem em Roma antes de ir para o aeroporto.

A viagem ao Panamá entre os dias 23 e 28 de janeiro para celebrar a Jornada Mundial da Juventude é a primeira viagem ao exterior do papa em 2019.

O papa de 82 anos também deve visitar os Emirados Árabes Unidos, o Marrocos, a Bulgária, a Macedônia e a Romênia este ano e disse que uma visita ao Japão também está prevista.

“Eu vou ao Japão em novembro. Se preparem”, disse a repórteres a bordo do avião.

Francisco disse que também gostaria de visitar o Iraque, mas que foi advertido de que seria muito perigoso.

No ano passado, uma autoridade do Vaticano disse que o papa Francisco consideraria a possibilidade de fazer uma viagem sem precedentes à Coreia do Norte. Ele disse que tal viagem demandaria “séria preparação” e que não houve nenhum sinal de pode acontecer em breve.

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