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Da Redação
Publicado em 19 de setembro de 2013 às 15h21.
Roma - O papa Francisco afirmou que "Deus na criação nos fez livres" e que "não cabe uma ingerência espiritual na vida pessoal", ao resumir seu discurso sobre divorciados e os homossexuais.
Em uma longa entrevista de 27 páginas concedida ao padre Antonio Spadaro e publicada hoje na revista dos jesuítas "A Civiltá Cattolica", o pontífice também se refere ao papel da mulher na Igreja e considera "necessário ampliar os espaços para uma presença feminina mais incisiva".
Sobre os divorciados e homossexuais, Francisco disse que "é preciso ter sempre em conta à pessoa" e acrescenta: "Deus acompanha às pessoas e é nosso dever acompanhá-las a partir de sua condição", pmas o que deve ser feito com "com misericórdia".
"Uma vez uma pessoa, para me provocar perguntou se eu aprovava a homossexualidade. Então respondi com outra pergunta "Diga-me, Deus quando olha uma pessoa homossexual aprova sua existência com afeto ou a rejeita e a condena?", relembrou.
Da entrevista é possível perceber a importância que o pontífice dá ao tema das mulheres.
Para o pontífice, "é necessário ampliar os espaços para uma presença feminina mais incisiva na Igreja, temo a solução do "machismo com saias" porque a mulher tem uma estrutura diferente do homem, mas os discursos que ouço sobre a mulher frequentemente se inspiram em uma ideologia machista".
"As mulheres estão formulando questões profundas que devemos enfrentar. A Igreja não pode ser ela mesma sem a mulher e o papel que desempenha. A mulher é indispensável".
Sobre a Igreja, diz que "é a casa de todos, não uma "capelinha" na qual cabe só um grupinho de pessoas escolhidas. Não podemos reduzir o seio da Igreja universal a um ninho protetor de nossa mediocridade".
E, em um tom humilde e simples, o papa se definiu como um pecador: "Sou um pecador em quem Deus pôs os olhos".