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Papa denuncia desigualdades sociais e pede diálogo na Síria

O Papa resumiu suas principais preocupações e pediu pela paz em vários países

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 7 de janeiro de 2013 às 13h56.

Cidade do Vaticano - O Papa Bento XVI apelou nesta segunda-feira para que seja encontrada uma solução negociada para conflitos como os de Síria e Nigéria e denunciou as desigualdades sociais com o aumento do aumento do abismo entre pobres e ricos em seu tradicional discurso de início do ano para representantes diplomáticos.

Pronunciado em francês, como exige o protocolo da Santa Sé, aos embaixadores e representantes diplomáticos de 179 países credenciados pelo Vaticano, o Papa resumiu suas principais preocupações e pediu pela paz em vários países.

"Que deponham as armas e prevaleça o mais rápido possível um diálogo construtivo", pediu Bento XVI, um dia depois do presidente sírio, Bashar al-Assad, propor um "diálogo nacional" para acabar com o conflito que assola o país há 21 meses.

"Um conflito que, se continuar, não conhecerá vencedores, apenas vencidos, deixando para trás apenas um campo de ruínas", alertou o pontífice.

"Cabe às autoridades civis e políticas a responsabilidade de trabalhar pela paz. Elas são as primeiras que têm a obrigação de resolver os muitos conflitos que continuam ensanguentando a Humanidade, a começar por esta região privilegiada no desígnio de Deus que é o Oriente Médio", declarou o chefe da Igreja Católica.

O Papa, que desde dezembro alimenta uma conta no Twitter, enviou uma mensagem pedindo aos católicos que rezem por um diálogo na Síria.

Aos diplomatas reunidos na Sala Real do Palácio Pontifício, Bento XVI também mencionou os conflitos e tensões que assolam Iraque, Líbano e Egito, além de citar a situação tensa na República Centro-Africana, na República Democrática do Congo, na Nigéria e no Mali.

"Alimento os esforços para construir a paz, sobretudo onde permanece aberto o flagelo da guerra, com graves consequências humanas", afirmou.

Em sua reflexão, o Papa lembrou que "a educação é um dos caminhos privilegiados para a construção da paz. É o que nos ensinou, entre outras coisas, a crise econômica e financeira atual", afirmou.

"Convém encontrar de novo o sentido do trabalho", acrescentou, depois de denunciar o preocupante aumento das desigualdades sociais.

"Trata-se, em uma palavra, de não se resignar ao 'spread' de bem-estar social", enquanto se luta contra o setor financeiro", comentou Bento XVI, ao pedir que lutem pelo bem-estar social, assim como lutam contra o aumento do prêmio de risco nos mercados.

Para reduzir o fosso entre ricos e pobres, o Papa exortou os países em desenvolvimento da África, Ásia e América Latina a "investir em educação".

"Isto significa ajudá-los a superar a pobreza e a doença, assim como estabelecer sistemas de igualdade de direitos e respeito pela dignidade humana", disse.

"Para estabelecer a justiça, não basta apenas bons modelos econômicos, embora necessários. A justiça é feita somente se houver pessoas justas", ressaltou ao defensor os valores éticos.

"A construção da paz significa, portanto, educar os indivíduos para combater a corrupção, a criminalidade, a produção e o tráfico de drogas e evitar divisões e tensões que ameaçam minar a sociedade, impedindo o desenvolvimento e a convivência pacífica", explicou.

O Papa voltou a ressaltar que "a paz social está ameaçada por alguns atentados contra a liberdade religiosa" e reiterou "que a construção da paz passa pela proteção do homem e de seus direitos fundamentais", ao reiterar sua firme condenação ao aborto e à eutanásia.

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Cidade do Vaticano - O Papa Bento XVI apelou nesta segunda-feira para que seja encontrada uma solução negociada para conflitos como os de Síria e Nigéria e denunciou as desigualdades sociais com o aumento do aumento do abismo entre pobres e ricos em seu tradicional discurso de início do ano para representantes diplomáticos.

Pronunciado em francês, como exige o protocolo da Santa Sé, aos embaixadores e representantes diplomáticos de 179 países credenciados pelo Vaticano, o Papa resumiu suas principais preocupações e pediu pela paz em vários países.

"Que deponham as armas e prevaleça o mais rápido possível um diálogo construtivo", pediu Bento XVI, um dia depois do presidente sírio, Bashar al-Assad, propor um "diálogo nacional" para acabar com o conflito que assola o país há 21 meses.

"Um conflito que, se continuar, não conhecerá vencedores, apenas vencidos, deixando para trás apenas um campo de ruínas", alertou o pontífice.

"Cabe às autoridades civis e políticas a responsabilidade de trabalhar pela paz. Elas são as primeiras que têm a obrigação de resolver os muitos conflitos que continuam ensanguentando a Humanidade, a começar por esta região privilegiada no desígnio de Deus que é o Oriente Médio", declarou o chefe da Igreja Católica.

O Papa, que desde dezembro alimenta uma conta no Twitter, enviou uma mensagem pedindo aos católicos que rezem por um diálogo na Síria.

Aos diplomatas reunidos na Sala Real do Palácio Pontifício, Bento XVI também mencionou os conflitos e tensões que assolam Iraque, Líbano e Egito, além de citar a situação tensa na República Centro-Africana, na República Democrática do Congo, na Nigéria e no Mali.

"Alimento os esforços para construir a paz, sobretudo onde permanece aberto o flagelo da guerra, com graves consequências humanas", afirmou.

Em sua reflexão, o Papa lembrou que "a educação é um dos caminhos privilegiados para a construção da paz. É o que nos ensinou, entre outras coisas, a crise econômica e financeira atual", afirmou.

"Convém encontrar de novo o sentido do trabalho", acrescentou, depois de denunciar o preocupante aumento das desigualdades sociais.

"Trata-se, em uma palavra, de não se resignar ao 'spread' de bem-estar social", enquanto se luta contra o setor financeiro", comentou Bento XVI, ao pedir que lutem pelo bem-estar social, assim como lutam contra o aumento do prêmio de risco nos mercados.

Para reduzir o fosso entre ricos e pobres, o Papa exortou os países em desenvolvimento da África, Ásia e América Latina a "investir em educação".

"Isto significa ajudá-los a superar a pobreza e a doença, assim como estabelecer sistemas de igualdade de direitos e respeito pela dignidade humana", disse.

"Para estabelecer a justiça, não basta apenas bons modelos econômicos, embora necessários. A justiça é feita somente se houver pessoas justas", ressaltou ao defensor os valores éticos.

"A construção da paz significa, portanto, educar os indivíduos para combater a corrupção, a criminalidade, a produção e o tráfico de drogas e evitar divisões e tensões que ameaçam minar a sociedade, impedindo o desenvolvimento e a convivência pacífica", explicou.

O Papa voltou a ressaltar que "a paz social está ameaçada por alguns atentados contra a liberdade religiosa" e reiterou "que a construção da paz passa pela proteção do homem e de seus direitos fundamentais", ao reiterar sua firme condenação ao aborto e à eutanásia.

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