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Palocci multiplicou patrimônio por 20, diz jornal

Reportagem da Folha de S.Paulo diz que, em 4 anos, ministro-chefe da Casa Civil adquiriu 2 imóveis que, juntos, somam quase R$ 7,5 milhões

Palocci disse que imóveis foram adquiridos com recursos de sua empresa (Renato Araújo/Agência Brasil)

Palocci disse que imóveis foram adquiridos com recursos de sua empresa (Renato Araújo/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de maio de 2011 às 14h05.

São Paulo - Em quatro anos, o ministro-chefe da Casa Civil, Antônio Palocci, multiplicou seu patrimônio por 20, segundo reportagem publicada na edição deste domingo (15) da Folha de S. Paulo. O texto diz que a evolução no patrimônio do ministro aconteceu durante o período em que ele esteve na Câmara dos Deputados.

Em 2006, época em que Palocci se elegeu deputado federal, seu patrimônio declarado era de 375 mil reais. Este valor correspondia a uma casa, um terreno e três carros, além de outros bens. Três anos depois, o ministro comprou um escritório em São Paulo, pelo qual pagou 882 mil reais.

No fim de 2010, Palocci fez nova aquisição. Desta vez, um apartamento de luxo, também em São Paulo, por 6,6 milhões de reais. Segundo a Folha, o apartamento tem 502 metros quadrados de área, quatro suítes e cinco vagas na garagem.

Nos quatro anos em que exerceu mandato de deputado, Palocci recebeu 974 mil reais brutos em salário. A quantia é insuficiente para pagar os imóveis adquiridos. Segundo documentos aos quais a reportagem da Folha teve acesso, ambos já foram quitados.

Procurado pelo jornal, o ministro disse que os dois imóveis estão registrados em nome da empresa Projeto Administração de Imóveis, da qual ele é dono. Palocci afirma que os bens foram comprados com recursos que a Projeto recebeu no período em que atuou como consultoria.

Em nota enviada por sua assessoria de imprensa, Palocci informou que declarou os bens adquiridos à Comissão de Ética Pública da Presidência da República. A nota diz ainda que a Projeto deixou de prestar serviços de consultoria e passou a ter como única atribuição a administração dos dois imóveis. O ministro afirmou também que, desde que passou a ocupar o cargo na Casa Civil, deixou de realizar atividades ligadas à empresa. 

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