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Palocci: consultoria jamais atuou junto a órgão público

Ele informou apenas que atuou para empresas dos setores da indústria, de serviços financeiros, de mercado de capitais, fundos de investimento em empresas privadas

Reunião do grupo foi suspensa pelo líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza, convocou a sessão do plenário (Wilson Dias/ABr)

Reunião do grupo foi suspensa pelo líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza, convocou a sessão do plenário (Wilson Dias/ABr)

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Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2011 às 22h15.

São Paulo - O ministro chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, afirmou hoje que sua empresa de consultoria Projeto jamais atuou junto a órgãos públicos. "Quando uma empresa privada tinha negócios com o setor público, eu nunca atuei nesses casos", disse em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo. Palocci enfatizou que, em nenhum momento, participou de empreendimento que envolvesse órgão público e privado. "Isso a lei não me permitia. Eu tinha perfeita clareza do que a lei permitia e o que não", disse.

Questionado sobre se não iria mesmo divulgar o nome das empresas para as quais prestou consultoria, Palocci disse que uma empresa decidiu admitir que contratou seus serviços e a oposição foi atrás de informações, o que acabou resultando em denúncias falsas. Palocci referia-se à WTorre. A oposição buscou informações sobre a declaração do imposto de renda da empresa e constatou que ela teria recebido a restituição em 2010, época em que a empresa de Palocci prestava serviços para a WTorre. Isso levou a Receita a explicar que a restituição foi feita por conta de uma decisão judicial.

"Não se pode falar em tempo recorde (para a restituição). Não se pode inferir que eu tenha atuado no caso", disse Palocci. O ministro defendeu-se, dizendo que não pode expor contratos que teve com empresas privadas, "renomadas em suas áreas, num ambiente de conflito político". "Acho que não tenho o direito de fazê-lo (divulgar os nomes)".

Ele informou apenas que atuou para empresas dos setores da indústria, de serviços financeiros, de mercado de capitais, fundos de investimento em empresas privadas, setor de serviços em geral. "Empresas da iniciativa privada que consideraram útil o fato de eu ter sido ministro da Fazenda, conhecer a área econômica", disse, esclarecendo ainda ter respeitado a quarentena depois que deixou o ministério da Fazenda.

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