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Palestinos pedirão em janeiro reconhecimento do Conselho de Segurança

Negociador da Organização para a Libertação da Palestina espera que os EUA não influenciem a decisão de outros países

Reunião do Conselho de Segurança: segundo a OLP, Israel nunca esteve tão isolado (Mario Tama/Getty Images)

Reunião do Conselho de Segurança: segundo a OLP, Israel nunca esteve tão isolado (Mario Tama/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 29 de dezembro de 2010 às 11h17.

Ramala - A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) pedirá no mês que vem ao Conselho de Segurança da ONU o reconhecimento de um Estado palestino independente, informou nesta quara-feira o chefe de negociadores Saeb Erekat.

O negociador expressou esperança de que os Estados Unidos, uma das cinco potências com direito a veto, não influencie a decisão de países como Japão, Coreia, Nova Zelândia e Austrália.

Nos últimos meses a OLP, organização que representa os interesses do povo palestino na comunidade internacional e que dá vida a Autoridade Nacional Palestina (ANP) na Cisjordânia e em Gaza, se ocupa de conseguir apoio de diferentes nações do mundo à declaração unilateral de um estado, após o fracasso em setembro das negociações com Israel.

Por enquanto, o maior apoio que obteve foi na América Latina, onde países como Brasil, Argentina e Bolívia reconheceram "o Estado palestino nas fronteiras de 1967", e outros expressaram publicamente sua disposição a fazê-lo.

Segundo Erekat, os palestinos apresentarão o pedido ao Conselho de Segurança no início de janeiro.

Após fracassar as conversas de paz, a OLP informou que estudava suas possibilidades para alcançar o objetivo de um estado e elaborou um plano diplomático por fases que incluía a possibilidade de acudir ao Conselho de Segurança e, se o pedido fosse derrubado, apresentar a solicitação diante da Assembleia Geral da ONU.

Erekat sustentou que "o Governo israelense está sendo testemunha de um isolamento internacional nunca visto antes" e que isso se deve "aos esforços do presidente Mahmoud Abbas e da liderança palestina".

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