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Países do Golfo querem transferência de poder no Iêmen

Haverá uma reunião na Arábia Saudita entre países do Conselho de Cooperação do Golfo, governo e oposição

O encontro entre a oposição e Saleh seria baseado no entendimento sobre a transferência de poder do presidente para o seu vice (Getty Images)

O encontro entre a oposição e Saleh seria baseado no entendimento sobre a transferência de poder do presidente para o seu vice (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2011 às 09h58.

Sanaa/Riad - O presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, deve passar o poder para o seu vice-presidente e permitir que a oposição lidere um governo de transição, que prepare novas eleições, disseram países árabes do Golfo neste domingo.

O governo de Saleh e a oposição se encontrarão na Arábia Saudita para discutir a "unidade, segurança e estabilidade" do Iêmen, afirmaram num comunicado ministros do Exterior de países do Conselho de Cooperação do Golfo, reunidos na capital saudita.

"A formação de um governo de união nacional sob a liderança da oposição, com o direito de formar comitês, elaborar uma constituição e chamar eleições" foi um princípio chave da reunião entre os dois lados, disseram os ministros.

O encontro entre a oposição e Saleh seria baseado no entendimento sobre a transferência de poder do presidente para o seu vice, Abd-Rabbu Mansour Hadi. Não foi fixada data para este encontro.

O Conselho do Golfo tem pressionado Saleh a negociar com os partidos de oposição, depois de dois meses de protesto contra o seu regime de 32 anos.

Na sexta-feira, Saleh, por muito tempo considerado pelo Ocidente um aliado vital contra a al Qaeda, reagiu com irritação a comentários do premiê do Catar, para quem a mediação levaria à saída do presidente do Iêmen do poder.

"Não tiramos nossa legitimidade do Catar ou de qualquer outro. Rejeitamos essa intervenção", disse Saleh a milhares de simpatizantes na capital.

Catar é a base da rede de TV Al Jazeera. Os correspondentes da rede no Iêmen tiveram as suas credenciais revogadas.

Preocupados que acordos da negociação poderiam postergar a saída de Saleh, milhares realizaram uma passeata de protesto neste domingo na capital Sanaa.

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