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Países da América Latina condenam excesso de força na Venezuela

As ocorrências ocorridas durante protestos na Venezuela foram criticados pelos governos do Brasil e de outros sete países latino-americanos

Venezuela: os signatários também fizeram um "chamado enérgico" ao governo venezuelano para que respeite os direitos humanos (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Venezuela: os signatários também fizeram um "chamado enérgico" ao governo venezuelano para que respeite os direitos humanos (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

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EFE

Publicado em 5 de maio de 2017 às 08h41.

Última atualização em 5 de maio de 2017 às 08h42.

Bogotá - Os governos do Brasil e de outros sete países da América Latina condenaram nesta quinta-feira "o uso excessivo da força" por parte das autoridades venezuelanas contra a população civil durante os protestos contra o presidente desse país, Nicolás Maduro, segundo um comunicado conjunto divulgado em Bogotá.

"Condenamos o uso excessivo da força por parte das autoridades venezuelanas contra a população civil que marcha para protestar contra as medidas do governo que afetam a estabilidade democrática, polarizam ainda mais a sociedade venezuelana e ocasionam a perda de vidas humanas, em sua maioria de pessoas jovens", destacou o comunicado divulgado pela chancelaria colombiana.

O documento está assinado pelos governos de Brasil, Argentina, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México e Paraguai.

"Deploramos a deterioração da situação interna e o recrudescimento da violência na República Bolivariana da Venezuela, que desde 6 de abril deixou um crescente número de mortos e centenas de feridos", lembrou o documento.

Os signatários também fizeram um "chamado enérgico" ao governo venezuelano para que respeite os direitos humanos da população como estipula a Constituição do país.

Os oito países lembram ao governo venezuelano que, como membro do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, "tem a obrigação de aplicar as normas mais estritas sobre a promoção e proteção dos direitos humanos em cumprimento dos compromissos e obrigações derivadas dos tratados internacionais que assinou e ratificou sobre o teme".

Além disso, insistem na importância de cumprir o calendário eleitoral, libertar os presos políticos e restituir as funções da Assembleia Nacional democraticamente eleita, bem como garantir a separação de poderes.

O documento também faz um apelo a todos os setores para que não tomem ações que gerem mais violência e manifesta a "convicção de que chegou a hora de concretizar um acordo nacional inclusivo que forneça uma solução duradoura à crítica situação que se vive na Venezuela".

Desde o último dia 1o de abril, a Venezuela é palco de protestos a favor e contra o governo de Maduro, alguns dos quais se tornaram incidentes violentos que deixaram 35 mortos e centenas de feridos.

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