Israelenses protestam em Tel Aviv: manifesto deverá ser lido durante a concentração (David Buimovitch/AFP)
Da Redação
Publicado em 29 de novembro de 2012 às 18h54.
Jerusalém - Cerca de 300 pessoas se concentraram nesta quinta-feira na frente do Salão da Independência, em Tel Aviv, para expressar seu apoio ao pedido da Palestina para ser reconhecida como Estado observador da ONU.
O ato, organizado pelo partido pacifista Meretz, o esquerdista Hadash e movimentos pacifistas tenta mostrar que a iniciativa palestina, que será votada, e previsivelmente aprovada, nesta noite na Assembleia Geral da ONU reunida em Nova York, é também interesse de Israel.
Os ativistas gritavam slogans como ''O Estado palestino é um interesse israelense'' ou ''Israel diz sim'', informou o site do jornal ''Yedioth Ahronoth''.
''O que ocorre hoje é histórico para o povo palestino e para nós. Se optamos por um futuro, temos que ajudar os palestinos a construir seu estado'', declarou ao site Uri Avneri, ex-deputado de esquerda.
A cantora árabe-israelense Mira Awad se apresentou no ato e mostrou seu apreço pela iniciativa liderada pelo presidente palestino, Mahmoud Abbas, e criticou a majoritária atitude israelense de ''rejeitar inexplicavelmente que se dê uma oportunidade para o povo palestino''.
Alon Liel, que foi diretor-geral do Ministério das Relações Exteriores israelense durante o processo de paz de Oslo, sustenta que ''a iniciativa de Abbas é um fato histórico que mudará as regras do jogo''.
À frente de uma nova iniciativa denominada ''29 de Novembro de 2012'', Liel elaborou com o resto de grupos e organizações pacifistas um manifesto para ser lido durante a concentração, que acontece na frente do edifício no qual o fundador de Israel, David Ben Gurion, proclamou a independência do Estado judeu em 14 de maio de 1948.
''Nós, cidadãos israelenses, judeus e palestinos, apoiamos a iniciativa de Abu Mazen (nome de guerra de Mahmoud Abbas) para elevar o status da Palestina nas Nações Unidas, e exortamos o estabelecimento imediato de um Estado palestino nas fronteiras de 1967'', declara o manifesto.