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Otan diz que Rússia concentrou 20 mil militares em fronteira

Otan disse que Rússia concentrou cerca de 20 mil militares nas proximidades de sua fronteira com a Ucrânia, informação que o governo russo nega


	Soldados na Ucrânia: "é uma situação perigosa", disse porta-voz
 (Bulent Kilic/AFP)

Soldados na Ucrânia: "é uma situação perigosa", disse porta-voz (Bulent Kilic/AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de agosto de 2014 às 13h21.

Bruxelas - A Otan afirmou nesta quarta-feira que a Rússia concentrou cerca de 20 mil militares "prontos para o combate" nas proximidades de sua fronteira com a Ucrânia e que poderia utilizar o "pretexto" humanitário para o desdobramento das tropas.

"Não vamos adivinhar o que Rússia tem em mente, mas podemos ver o que a Rússia está fazendo no terreno e isso é de grande preocupação", disse à imprensa a porta-voz aliada, Oana Lungescu.

"É uma situação perigosa", reconheceu a porta-voz, para quem Moscou "está permitindo o fluxo de armas e combatentes através da fronteira".

Já a Rússia, através de seu Ministério de Defesa, negou hoje que tenha concentrado tropas na fronteira com a Ucrânia, como informou a Otan na zona.

"Foi o representante do Pentágono informar sobre um agrupamento russo de 10 mil soldados perto da fronteira, que o subsecretário-geral da Otan dizer que ali já havia 20 mil soldados russos", indicou o general Igor Konashenkov, porta-voz ministerial, citado por agências locais.

O general comparou as reiteradas denúncias da Aliança Atlântica sobre uma suposta escalada da presença militar russa na fronteira com a Ucrânia com um leilão no qual, quanto mais alto é o número, melhor.

"É impossível realizar uma manobra com um agrupamento de milhares de tropas com armamento e técnica militar em um prazo de tempo tão curto, mais ainda escondido dos observadores da OSCE (Organização sobre a Segurança e a Cooperação na Europa)", ressaltou.

Konashenkov acusou os porta-vozes da Otan, do Pentágono e do Departamento de Estado americano de "improvisar" em suas declarações sobre a Rússia.

Já o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, visitará amanhã a Ucrânia a convite do presidente do país, Petro Poroshenko, anunciou hoje um porta-voz da Chancelaria ucraniana, depois da denúncia sobre a concentração de tropas russas perto da fronteira.

"Na agenda do dia, em particular, figurarão os preparativos da comissão Otan-Ucrânia", informou Vasil Zvarich, porta-voz da Chancelaria ucraniana, acerca da visita.

O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, alertou hoje que "a ameaça de uma intervenção da Rússia na Ucrânia é agora maior", já que, acrescentou, Moscou aumentou nos últimos dias sua presença militar na fronteira ucraniana.

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