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Otan dará sinal verde para iniciar transição no Afeganistão

Apesar da violência, que continua sendo registrada no país, o secretário-geral da Otan assegurou que forças de segurança estão prontas para o processo

Soldado no Afeganistão: Karzai vai anunciar a transferência de poderes em 21 de março (Getty Images)

Soldado no Afeganistão: Karzai vai anunciar a transferência de poderes em 21 de março (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 11 de março de 2011 às 09h05.

Bruxelas - Os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) devem dar sinal verde nesta sexta-feira aos planos para iniciar o processo de transição no Afeganistão, cujas forças começarão a se encarregar da segurança em várias províncias nos próximos meses.

Os ministros de Defesa aliados se reúnem em Bruxelas com representantes dos cerca de 20 países que cooperam com eles no Afeganistão a apenas dez dias de que o presidente Hamid Karzai anuncie oficialmente as primeiras áreas nas quais será executada a transferência de poderes.

Na abertura do encontro desta sexta-feira, o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, assegurou que as forças de segurança afegãs estão preparadas para o processo, apesar da violência que continua sendo registrada em boa parte do país.

"Nossa estratégia está funcionando e estamos contando com uma cooperação muito estreita dos afegãos", ressaltou Rasmussen, que lembrou que as forças do país estão lutando junto às tropas internacionais em muitas operações.

Os ministros discutirão nesta sexta-feira uma série de recomendações preparadas pela Otan e pelas autoridades afegãs sobre as áreas nas quais se iniciará a transição.


Karzai divulgará os nomes no próximo dia 21 de março, coincidindo com o Ano Novo afegão.

"O novo ano afegão marca o início de uma nova era para a segurança no Afeganistão", afirmou Rasmussen.

O objetivo, lembrou o secretário-geral, continua sendo completar o processo de transição no âmbito da segurança até o final de 2014, quando o controle de todo o país deverá estar em mãos afegãs.

Isso não significará, no entanto, que a Otan abandonará o país, ressaltou.

"Pelo contrário, nossas forças continuarão lá para apoiar os afegãos e formar mais soldados de suas forças de segurança", indicou Rasmussen.

A situação no país asiático continua bastante complexa e a Otan admitiu nesta semana que é provável que os combates se intensifiquem durante este ano por conta, entre outras causas, do aumento das tropas da Força Internacional de Assistência para Segurança (Isaf) e do Exército e da Polícia afegãos.

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