Os lugares mais perigosos do mundo, segundo os EUA
Departamento de Estado americano tem atualmente alerta para 33 países e regiões
Da Redação
Publicado em 13 de dezembro de 2012 às 09h50.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h12.
São Paulo – A divisão de viagens do Departamento de Estado dos Estados Unidos mantém na internet uma lista de alertas de segurança para lugares que, na visão do departamento, apresentam perigos para os viajantes. Os avisos são emitidos sem periodicidade específica. Ou seja: ao identificar um risco para o turista, o departamento inclui o país ou região na lista com uma explicação sobre o porquê não é uma boa ideia visitar aquele lugar no momento. Da mesma forma, um país ou região pode sair da lista a qualquer momento. Embora alguns riscos específicos ameacem mais os americanos, a maior parte das questões indicadas nos avisos podem servir para outras nacionalidades. Em geral, são avisos sobre ameaças terroristas e violência contra estrangeiros. Na lista disponível até o dia 12 de dezembro de 2012, o departamento tinha alerta de segurança para 33 lugares no planeta, com riscos que iam de guerra do tráfico até doenças. Clique nas fotos ao lado e confira os lugares que os Estados Unidos consideram perigosos e os motivos.
O comunicado mais recente do Departamento de Estado americano foi publicado no dia 7 de dezembro deste ano. Segundo o aviso, cidadãos americanos de origem iraniana poderiam encontrar dificuldades para voltar para os Estados Unidos ao visitar o Irã. Além disso, outros cidadãos americanos devem acompanhar a cobertura da mídia sobre a situação no país e pensar duas vezes antes de fazer “viagens que não sejam essenciais”. O Departamento de Estado também afirma que o governo iraniano continua reprimindo uma minoria étnica e religiosa. Assim, regiões onde essas minorias residem, inclusive as fronteiras com o Paquistão e Afeganistão, continuam lugares inseguros.
O Departamento de Estado “recomenda fortemente que os cidadãos dos Estados Unidos adiem qualquer viagem para o país”, indica o comunicado, atualizado em novembro deste ano. Segundo o departamento, o governo da Eritreia continua restringindo viagens de qualquer estrangeiro. As restrições incluem um pedido de visto com 10 dias de antecedência para quem quiser viajar além dos limites da cidade de Asmara. Como essa permissão também é necessária para diplomatas e, segundo os Estados Unidos, raramente é concedida, a atuação de embaixadas se torna limitada no país.
Os Estados Unidos recomendam evitar principalmente a cidade de Goma e a província de Kivu do Norte, e fazer apenas viagens essenciais para a região de administração Ituri. “Por conta da frequente instabilidade e violência, o Departamento tem capacidade extremamente limitada de prover serviços consulares para cidadãos americanos nessa região”, afirma o departamento. Segundo o relatório, grupos armados, bandidos e membros do exército do Congo seguem sendo uma preocupação para a segurança do país.
Na visão dos Estados Unidos, viajar para algumas regiões do país, especialmente fronteiras, é tão arriscado, que a embaixada precisa aprovar qualquer viagem de um de seus funcionários para fora da capital N'Djamena. O aviso também vale para viajantes em missões humanitárias, que devem reduzir sua exposição quando em viagem ao país, alertou o Departamento de Estado. A situação da segurança no Chade tem melhorado, ainda que lentamente, desde a conclusão de um acordo de paz entre o país e o Sudão, em 2010, alertam os Estados Unidos. Mas apesar da estabilidade recente, o ambiente de segurança tem sido historicamente volátil e pode se deteriorar de repente.
O relatório aponta que uma série de cidadãos americanos visita Honduras em segurança todos os anos para turismo, negócios, estudo e trabalho voluntário. Ainda assim, a situação de violência urbana no país continua um problema sério, apontou o aviso de segurança. O Departamento de Estado lembra que o país está entre as maiores taxas de homicídio do mundo e que a cidade de San Pedro Sula se tornou a mais violenta do mundo.
Novamente, o Departamento de Estado americano lembra que milhões de americanos visitam o México em segurança todos os anos, “inclusive as mais de 150 mil pessoas por dia que cruzam a fronteira”, lembra o alerta. O governo mexicano, afirma o comunicado, tem tomado uma série de medidas para proteger cidadãos americanos ou de outros países que visitam os principais destinos turísticos do México e não há evidências de que os crimes no país afetem uma nacionalidade específica. Ainda assim, é importante lembrar que há uma violenta guerra contra o tráfico de drogas e outras atividades ilegais no país, o que torna o problema da violência urbana muito preocupante.
Além de pedir para que os cidadãos americanos não viagem para o Iêmen, o Departamento de Estado ainda pede para que os que estão lá retornem imediatamente. No país, existe alto risco terrorista e de violência contra civis, alertam os Estados Unidos. A capacidade de atuação da embaixada já era muito limitada e piorou após a invasão de centenas de manifestantes em setembro deste ano, episódio relembrado no alerta.
O Departamento de Estado lembra que as autoridades do país prenderam membros de duas células terroristas em agosto, o que pode indicar que o terrorismo continua uma ameaça à segurança do país. Segundo o alerta, esses grupos podem buscar, no próprio país, alvos de interesse do ocidente, áreas domiciliares, hotéis, áreas de comércio e outras regiões com forte presença de cidadãos de países ocidentais.
O alerta mais recente, lançado em meados de novembro, avisa que existe um grande risco de sequestro de ocidentais no país. Segundo o alerta, existe na região a atuação do grupo terrorista al-Qaeda no Magrebe Islâmico, que tem obtido sucesso no sequestro de europeus. Segundo o documento, a fronteira com Mali é um ponto especial de preocupação, já que o governo do país perdeu o controle da região no início de 2012.
O Departamento de Estado americano pede para que os cidadãos dos Estados Unidos que viajarem ou já estiverem no país mantenham-se cuidadosamente informados sobre a situação local e tomem muito cuidado com sua segurança pessoal. O documento alerta que a situação no país melhorou após um período pós-eleitoral conturbado em 2011, mas os riscos para civis ainda continuam. Os Estados Unidos alertam para o risco de crimes como assaltos e roubos contra estrangeiros pelo país.
O alerta mais recente, de novembro de 2012, retirou alguns riscos citados no aviso anterior, emitido em abril, mas lembra que as restrições de segurança para membros da embaixada continua. Segundo o alerta, o Burundi participa de operações de paz na Somália e por isso o país é alvo do grupo terrorista somaliano al-Shabaab, que tem ameaçado o país.
Segundo o departamento, a segurança no país melhorou muito, especialmente em destinos de negócios e turismo, como Cartagena e Bogotá. Ainda assim, a violência ligada ao narcotráfico continua afetando áreas rurais e partes das grandes cidades.
O alerta lembra que, recentemente, estourou no Paquistão uma onde de protestos contra os Estados Unidos, a Força Internacional de Assistência para Segurança (ISAF, na sigla em inglês), e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Esse tipo de manifestação deve continuar, o que faz com que o Departamento americano recomende evitar viagens não essenciais ao país.
Na visão do governo americano, o país tem um alto potencial de surgimento de ondas de violência. Segundo o alerta de segurança, as autoridades no país não tem possibilidade de garantir a segurança de seus cidadãos ou visitantes caso a violência estoure de repente. O alerta também afirma que o acesso a fronteiras, estradas e aeroportos pode ser interrompido com pouco ou nenhum aviso prévio.
O aviso lembra que o governo dos Estados Unidos determinou em setembro que alguns funcionários da embaixada americana e os dependentes de todos os funcionários deixassem o país imediatamente após um atentado ao prédio americano na cidade de Cartum. O alerta afirma que o governo do Sudão já tomou medidas para limitar a atividade terrorista, mas que grupos ainda ameaçam pontos de interesse de países ocidentais no país.
O Departamento de Estado americano avalia que há um grande risco de terrorismo e sequestros no país. Segundo o alerta, as principais cidades são fortemente policiadas, mas ainda assim podem acontecer ataques. O departamento avisa que ataques terroristas com bombas, falsos bloqueios de estradas e emboscadas podem acontecer especialmente em áreas do país ou sul e leste da cidade de Algiers.
O governo dos Estados Unidos determinou o retorno de todos seus funcionários em funções que não de emergência em setembro, após o ataque a uma missão americana acontecer no país. Segundo o alerta, a violência ligada a temas políticos continua em Bengasi e Tripoli. O departamento pede que viagens não essenciais ao país sejam reconsideradas. Caso necessário, sugere que os viajantes tracem seu próprio plano de emergência, registrem sua viagem no programa americano de proteção ao viajante Step, e mantenham atualizados contatos de pessoas para emergências.
O Departamento de Estado americano pede que os viajantes evitem, principalmente, as regiões de fronteira com o Sudão. Segundo o alerta, os conflitos entre as forças armadas do Sudão e o grupo Exército Popular de Libertação do Sudão diminuíram neste ano, mas continuam uma ameaça legítima.
Segundo o alerta, a situação política no país continua imprevisível. O departamento americano diz que as eleições presidenciais em 2010 foram bem sucedidas, mas as legislativas, que deveriam ter acontecido logo em seguida, têm sido constantemente adiadas, gerando frustração e raiva na população. O alerta destaca que em muitas ocasiões, uma multidão de partidos opositores se reuniu para protestar, e se as eleições continuarem demorando muito para acontecer, o que parece provável, essas manifestações pacíficas podem se tornar violentas.
O departamento americano não recomenda viagens ao país por conta da situação política instável. Segundo os Estados Unidos, o governo perdeu o controle das províncias do norte do país, onde continuam fortes as ameaças de atentados e sequestros de ocidentais.
Além de recomendar que não viagem para a Síria, o governo americano recomenda que quem estiver lá, volte imediatamente. “Nenhuma parte da Síria deve ser considerada imune a violência, e o país inteiro tem risco potencial de atos hostis, inclusive sequestros”, afirma o alerta dos Estados Unidos. O governo americano também afirma que a comunicação na Síria é difícil, com conexões telefônicas e de internet falhas. O departamento afirma que americanos também têm reportado dificuldades e riscos na tentativa de deixar a Síria por terra, atravessando fronteiras.
O Departamento de Estado Americano alerta para o risco de visitar a Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas, por conta dos constantes conflitos. O governo dos Estados Unidos recomenda saída imediata, mas alerta que não é possível sair por qualquer lugar. A saída pela cidade de Rafah, por exemplo, só é possível com a autorização de autoridades locais.
Mais uma vez, o alerta é para os riscos de sequestros e ações terroristas. Os Estados Unidos lembram que terminaram de retirar suas tropas do Iraque em dezembro de 2011 e que a capacidade da embaixada de responder a situações onde os cidadãos americanos encontram dificuldades é extremamente limitada.
Segundo o alerta, milícias armadas e bandidos são um risco real no país e o governo da República Centro-Africana tem possibilidades limitadas para garantir a segurança dos visitantes. O departamento americano afirma que repetidos ataques a viajantes expatriados têm ocorrido nas cidades do interior do país.
Quem considerar viajar para o país deve avaliar os riscos para sua segurança pessoal, dadas as recentes ameaças de terrorismo e altas taxas de crimes violentos em algumas áreas. Segundo o alerta, o risco varia pelo país. O alerta também afirma que o governo americano tem recebido frequentes avisos sobre a possibilidade de atentados a pontos de interesse dos Estados Unidos, de outros países ocidentais e do próprio Quênia.
Segundo o alerta, nenhuma parte do país está imune à violência e existe um alto potencial para atos de violência contra cidadãos americanos ou de outros países ocidentais, seja de maneira planejada ou aleatória. Grupos como al-Qaeda e Talibã continuam ativos no país, alertam os Estados Unidos.
O governo americano alerta que há atos de violência sendo praticados na Nigéria tanto por grupos armados quanto por indivíduos isolados. O alerta também destaca a ação de piratas no país. Mesmo os oficiais dos Estados Unidos têm viagens restritas para algumas regiões da Nigéria.
No caso do Haiti, o risco destacado não é apenas o da violência. O Departamento de Estado também lembra sobre a presença de cólera no país e afirma que a infraestrutura, especialmente em pontos de tratamento da saúde, é precária. O alerta lembra que a Organização das Nações Unidas mantém sua Missão de Paz no Haiti.
O departamento pede para evitar especialmente a região do Arquipélago de Sulu e a ilha de Mindanau. Segundo o comunicado, existe o risco de atividades terroristas e de insurgentes no país, com alto risco de sequestro de viajantes estrangeiros.
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