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Os detalhes mais curiosos da tentativa de golpe na Turquia

A agitada situação política quase duas semanas após a tentativa de golpe de Estado fez com que algumas informações ficassem para trás


	Turquia: a agitada situação política quase duas semanas após a tentativa de golpe de Estado fez com que algumas informações ficassem para trás
 (Tumay Berkin/Reuters)

Turquia: a agitada situação política quase duas semanas após a tentativa de golpe de Estado fez com que algumas informações ficassem para trás (Tumay Berkin/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 28 de julho de 2016 às 16h05.

Quase duas semanas depois do golpe de Estado frustrado na Turquia, a agitada situação política fez com que algumas informações curiosas tenham passado despercebidas.

O prefeito acompanhou o golpe de uma favela:

O prefeito de Ancara, Melih Gökçek, afirma ter ido a uma bairro pobre da capital para falar por telefone com autoridades do governo e da polícia.

"As pessoas com cargos de responsabilidade e que têm a tarefa de manter as pessoas informadas devem ir, custe o que custar, a lugares discretos para gerir esse tipo de situação. Por isso, fui a uma favela próxima à minha casa", declarou à agência de notícias pró-governo Anadolu.

"Como parar um tanque?" entre as principais buscas dos internautas no Google:

Os civis desempenharam um papel-chave no fracasso do golpe de Estado subindo nos tanques dos golpistas. No dia 15 de julho à noite, a frase "como parar um tanque" foi uma das mais procuradas no Google na Turquia, sobretudo em Istambul, Ancara, Konya e Kayseri (centro), segundo estatísticas do gigante americano da internet.

Hipnose e espíritos:

O prefeito de Ancara acusou o religioso Fethullah Gülen de ter "hipnotizado" seus simpatizantes para que cometessem o golpe de Estado. Ancara afirma que este religioso exilado nos Estados Unidos planejou o golpe. Ele nega. "Tomou conta das pessoas graças a espíritos, pois é possível, (ele) tem esse tipo de poder", afirmou o prefeito de Ancara em uma entrevista à emissora privada CNN-Türk.

Tanques bloqueados por... roupas:

O proprietário de um restaurante de Istambul, Mehmet Şükrü Kıntaş e o chef Danyal Şimşek conseguiram parar dezenas de tanques dos golpistas que se dirigiam ao aeroporto internacional de Istambul, Atatürk, colocando roupas nos canos de descarga. Os soldados foram obrigados a sair para que não morressem asfixiados, reportou o jornal Hürriyet.

Folhas de videira e calças curtas:

Alguns soldados rebeldes fugiram após atacar o hotel onde se encontrava o presidente Erdogan, que estava passando alguns dias de suas férias em Marmari, ao oeste da Turquia. Eles se alimentaram com folhas de videira dos vinhedos próximos, informou a imprensa turca.

Alguns roubaram peças de roupa femininas em uma fazenda para se disfarçar. Outros usavam calças curtas e camisetas para tentar se passar por turistas e conseguirem pegar carona. Eles acabaram sendo presos.

Bigode em sinal de lealdade?

O chefe dos Serviços de Inteligência turcos, Hakan Fidan, deixou o bigode crescer depois do golpe de Estado, o que foi interpretado como um sinal de lealdade ao presidente Erdogan.

Transportes públicos gratuitos:

O consórcio urbano "Grande Istambul" decidiu que o transporte público fosse gratuito para que os cidadãos pudessem comparecer ao chamado do presidente Recep Tayyip Erdogan, que pediu ao povo que se mobilizasse em defesa da democracia. Os transportes continuarão assim até o dia 31 de julho.

Smartphone famoso:

A jornalista estrela da emissora CNN-Türk, Hande Firat, entrou para a história ao transmitir a primeira mensagem pública do presidente Erdogan graças a uma conexão de vídeo de telefone chamada Facetime.

A televisão estatal estava em poder dos rebeldes quando Erdogan apareceu pálido na televisão. De acordo com a imprensa turca, um homem de negócios saudita ofereceu 250.000 dólares pelo celular da jornalista. Firat confirmou ter recebido inúmeras propostas que não aceitou. "Não fiz mais do que meu trabalho de jornalista", disse.

Os golpistas no WhatsApp:

Os meios de comunicação turcos publicaram conversas mantidas pelos rebeldes no aplicativo de mensagens WhatsApp. "A operação foi anulada? Devemos fugir?", escreveram alguns, amparando-se na criptografia garantida pelo aplicativo, que faz parte do grupo do Facebook, neste ano. Seus telefones foram confiscados.

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