HILLARY E DONALD: a economia cresce, mas os salários, não; quem tem as melhores respostas? / Getty Images
Da Redação
Publicado em 8 de novembro de 2016 às 05h55.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h37.
Insultos e baixarias à parte, o assunto mais importante nas urnas americanas hoje é a economia. Enquanto Donald Trump ataca a condução de Democratas — no poder há oito anos —, Hillary Clinton ressalta os feitos de Barack Obama e promete continuidade das políticas que tiraram o país da depressão de 2008.
Na teoria, o desempenho dos anos Obama favorece a democrata. A economia cresce em ritmo contínuo desde 2010. No terceiro trimestre, avançou 2,9%. O problema: a produtividade não cresce ao ritmo desejado, que faz com que a indústria invista menos e pague pior a seus funcionários. Como consequência, a desigualdade está em alta, e afeta principalmente os trabalhadores médios – ferrenhos eleitores de Trump.
Em seis anos, foram criados 15 milhões de postos de trabalho, e as taxas de desemprego estão abaixo dos 5%, próximos portanto de um status de “pleno emprego”. A baixa produtividade volta a interferir neste ponto, pois, sem empresários poderem pagar salários cheios, cresceu para cerca de 6 milhões o número de empregos em meio período. A renda mais baixa do trabalhador impactam o acesso a serviços, como educação e saúde, e freando a evolução e mobilidade de classes sociais.
Desde 2008, Obama merece os créditos de ter apagado o fogo da crise e recolocado o país nos eixos. A grande discordância sobre seu legado é se dava para ter feito mais para que a economia acelerasse. A saída? Hillary aposta em aumento da renda da classe média e em maiores impostos para os mais ricos. Trump, por sua vez, promete reduzir a alíquota máxima de imposto de pessoa jurídica de 35% para 15%, controle de imigração. Os dois têm discursos com restrições aos acordos comerciais. Nesta terça-feira veremos que discurso colou.