Ortega: o presidente afirmou que a construção do canal não tem data para começar (Oswaldo Rivas/Reuters)
EFE
Publicado em 4 de setembro de 2018 às 11h12.
Manágua - O projeto do canal da Nicarágua, impulsionado por uma empresa chinesa, precisa da medição do impacto ambiental para começar os trabalhos de construção, afirmou Daniel Ortega em entrevista à Agência Efe.
O presidente nicaraguense afirma que a empresa chinesa fez um primeiro estudo que foi enviado à Comissão de Meio Ambiente do Estado da Nicarágua para análise, mas não passou no teste, já que foram feitas várias observações.
"Quando o projeto foi analisado, foram feitas observações quanto à rota e sugeriu-se modificá-la, pois a que tinha sido traçada provocaria impacto em áreas onde tínhamos recursos vivos ainda", explica o presidente.
Ortega detalha que, antes de começar as obras, "eles têm que apresentar o estudo já com as modificações apontadas pela comissão. Para que o canal possa começar, tem que haver um estudo com mínimo impacto ambiental".
O presidente da Nicarágua se nega a apontar uma data aproximada para o início das obras, mas afirma que "teve o apoio da maioria da população, embora sempre haja um setor que o questione, especialmente estes grupos que hoje estão prejudicando o país, que também são contra o canal".
Ortega considera que o canal "trará uma fonte de recursos para poder dar um salto e que daria os recursos para recuperar áreas que foram afetadas e arrasadas por incêndios, desmatamento, etc. A Nicarágua deixaria de ser o segundo país mais pobre da América Latina".