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Órgão eleitoral da Venezuela autoriza auditoria de votos

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) anunciou nesta quinta-feira que aceitou o pedido do candidato da oposição, Henrique Capriles, e autorizou a auditoria de 100% dos votos


	O candidato chavista, Nicolás Maduro, venceu o líder da oposição pela curta margem de 1,8%, o que representa 272 mil votos de diferença
 (REUTERS/Enrique Castro-Mendivi)

O candidato chavista, Nicolás Maduro, venceu o líder da oposição pela curta margem de 1,8%, o que representa 272 mil votos de diferença (REUTERS/Enrique Castro-Mendivi)

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Da Redação

Publicado em 19 de abril de 2013 às 07h18.

Caracas - O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela anunciou nesta quinta-feira que aceitou o pedido do candidato da oposição, Henrique Capriles, e autorizou a auditoria de 100% dos votos das eleições de domingo passado, dada a "particular" situação política do país.

"Acordamos ampliar a auditoria sobre 46% das urnas que não foram auditadas no dia da eleição", disse a presidente do CNE, Tibisay Lucena, em uma declaração pública que deixou claro que não haverá a recontagem de votos um por um.

Em mensagem transmitida em cadeia obrigatória de rádio e televisão junto aos cinco reitores da entidade, Lucena disse que o CNE tomou essa decisão "atendendo a uma situação evidentemente particular".

Na quarta-feira, a equipe de campanha de Capriles apresentou uma solicitação perante o CNE para a revisão do processo eleitoral do último domingo como condição indispensável para aceitar os resultados.

O candidato chavista, Nicolás Maduro, venceu o líder da oposição pela curta margem de 1,8%, o que representa 272 mil votos de diferença.

Depois de Capriles ter anunciado que não reconheceria os resultados até a recontagem de 100% dos votos, vários protestos opositores ocorreram por todo o país, deixando o saldo de oito mortos e mais de 60 feridos, segundo o Governo.


A presidente do CNE reiterou que os resultados emitidos pela entidade são "absolutamente transparentes" e refletem "de forma exata" a expressão dos venezuelanos.

Lucena lembrou que no domingo já foi feita, em conformidade com a lei, a auditoria de 54% dos votos e que a solicitação apresentada pela oposição não implicou uma recontagem de votos, o que só poderia obter ao impugnar os resultados perante a Suprema Corte.

A presidente do CNE explicou que será selecionada uma amostra de urnas para ser auditada durante dez dias, quando se emitirá um relatório preliminar, repetindo esse procedimento até um prazo de 30 dias. Lucena precisou que a entidade anunciará o início desse processo na próxima semana.

Após o anúncio feito pelo CNE, Capriles se pronunciou para dizer que aceita a auditoria.

"Nós aqui, o comando Simón Bolívar, aceitamos o que o Conselho Nacional Eleitoral anunciou ao país. Com isso, estamos onde queremos", indicou Capriles em uma declaração pública, junto a sua equipe de campanha.

"Eu quero hoje felicitar o nosso povo, porque isso foi uma luta de vocês, das venezuelanas e dos venezuelanos. Essa foi uma luta heroica, uma luta espiritual, uma luta pela verdade", acrescentou.

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