O presidente venezuelano Nicolás Maduro: oposição deve entregar às autoridades eleitorais a assinatura de 195.721 eleitores (Carlos Garcia Rawlins/REUTERS)
Da Redação
Publicado em 1 de maio de 2016 às 09h51.
Caracas - O líder opositor venezuelano Henrique Capriles afirmou neste sábado que não é preciso mais assinaturas de eleitores na primeira fase do processo para o referendo revogatório do mandato do presidente, Nicolás Maduro.
"Atenção: Temos cerca de 2 milhões de assinaturas, eram necessárias apenas 196 mil", escreveu Capriles na rede social Twitter.
A oposição a Maduro deve entregar às autoridades eleitorais a assinatura de 195.721 eleitores - correspondentes a 1% do censo eleitoral nacional de mais de 19,5 milhões - para iniciar um processo que passará para uma segunda fase, no caso de a consulta precisar da assinatura de 20% dos eleitores.
Capriles foi candidato da oposição nas duas últimas eleições presidenciais, vencidas em 2012 pelo depois falecido Hugo Chávez e em 2013 por Maduro.
Capriles lidera o setor opositor que quer pôr fim este ano ainda ao governo de Maduro através desse referendo e denuncia que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) "põe impedimentos" a essa possibilidade eleitoral.
Segundo o estabelecido na Constituição, o referendo pode ser solicitado na metade do mandato de qualquer autoridade, tempo que Maduro completou neste mesmo mês após vencer há três anos as eleições que definiram o período presidencial 2013-2019.
Se a oposição vencer o referendo neste mesmo ano, o CNE deverá convocar novas eleições, mas se o conseguir em 2017 Maduro será substituído até 2019 por seu vice-presidente, Aristóbulo Istúriz.