Oposição síria participará de negociações de paz
A decisão foi tomada pela assembleia-geral da Coalizão após dois dias de debates em Istambul
Da Redação
Publicado em 11 de novembro de 2013 às 11h24.
Beirute - A Coalizão Nacional, principal grupo da oposição síria, anunciou nesta segunda-feira que concorda em participar das negociações de paz, com a condição de que o presidente Bashar al-Assad entregue o poder e seja excluído do período de transição política.
"A Coalizão deseja participar na Conferência (conhecida como Genebra 2) com base em uma transferência integral do poder e com a condição de que Bashar al-Assad e aqueles que têm as mãos manchadas de sangue sírio não desempenhem nenhum papel na fase de transição nem no futuro da Síria", afirma um comunicado do principal grupo opositor.
A decisão foi tomada pela assembleia-geral da Coalizão após dois dias de debates em Istambul. A conferência de paz em Genebra, no entanto, ainda não tem data fixada.
Fontes do regime sírio rejeitaram em várias oportunidades a possibilidade de Assad discutir sua saída em Genebra.
A oposição exige também a abertura de corredores humanitários para permitir o envio de ajuda aos sírios cercados e a retirada dos civis, assim como a libertação dos presos.
"A Coalizão pede ainda que antes da conferência o acesso às zonas cercadas (pelo Exército) seja garantido pelos comboios de ajuda da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, além de outros grupos", segundo o comunicado.
A libertação dos detidos, principalmente das mulheres e crianças, também está entre as condições.
O secretário de Estado americano, John Kerry, reagiu com otimismo à decisão da Coalizão Nacional e a considerou um "grande passo".
"A oposição síria votou por ir a Genebra. É um grande passo", declarou Kerry em Abu Dhabi.
Kerry chegou no domingo aos Emirados Árabes Unidos para debater com este importante aliado sobre as negociações com o Irã a respeito do programa nuclear, mas também sobre os esforços mobilizados para deter o massacre na Síria.
"Uma solução negociada é a melhor forma de reforçar a estabilidade em toda a região. É a única maneira de acabar rapidamente com o derramamento de sangue e de dar ao povo sírio o futuro que merece", disse o chefe da diplomacia americana.
Kerry destacou a necessidade de "responder à crise humanitária e de acabar com a guerra (...), que alimenta o extremismo e que constitui uma ameaça para todos nós".
A Coalizão Nacional, principal grupo político dos opositores ao presidente Bashar al-Assad, permanece muito dividida sobre a participação nas negociações em Genebra, apesar das pressões que recebe dos países ocidentais e árabes que estimulam o processo.
Rússia e Estados Unidos tentam, em conjunto com a ONU, convocar uma conferência que reúna representantes da oposição e do regime para buscar uma solução política ao conflito na Síria, que deixou 120.000 mortos desde março de 2011.
Beirute - A Coalizão Nacional, principal grupo da oposição síria, anunciou nesta segunda-feira que concorda em participar das negociações de paz, com a condição de que o presidente Bashar al-Assad entregue o poder e seja excluído do período de transição política.
"A Coalizão deseja participar na Conferência (conhecida como Genebra 2) com base em uma transferência integral do poder e com a condição de que Bashar al-Assad e aqueles que têm as mãos manchadas de sangue sírio não desempenhem nenhum papel na fase de transição nem no futuro da Síria", afirma um comunicado do principal grupo opositor.
A decisão foi tomada pela assembleia-geral da Coalizão após dois dias de debates em Istambul. A conferência de paz em Genebra, no entanto, ainda não tem data fixada.
Fontes do regime sírio rejeitaram em várias oportunidades a possibilidade de Assad discutir sua saída em Genebra.
A oposição exige também a abertura de corredores humanitários para permitir o envio de ajuda aos sírios cercados e a retirada dos civis, assim como a libertação dos presos.
"A Coalizão pede ainda que antes da conferência o acesso às zonas cercadas (pelo Exército) seja garantido pelos comboios de ajuda da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, além de outros grupos", segundo o comunicado.
A libertação dos detidos, principalmente das mulheres e crianças, também está entre as condições.
O secretário de Estado americano, John Kerry, reagiu com otimismo à decisão da Coalizão Nacional e a considerou um "grande passo".
"A oposição síria votou por ir a Genebra. É um grande passo", declarou Kerry em Abu Dhabi.
Kerry chegou no domingo aos Emirados Árabes Unidos para debater com este importante aliado sobre as negociações com o Irã a respeito do programa nuclear, mas também sobre os esforços mobilizados para deter o massacre na Síria.
"Uma solução negociada é a melhor forma de reforçar a estabilidade em toda a região. É a única maneira de acabar rapidamente com o derramamento de sangue e de dar ao povo sírio o futuro que merece", disse o chefe da diplomacia americana.
Kerry destacou a necessidade de "responder à crise humanitária e de acabar com a guerra (...), que alimenta o extremismo e que constitui uma ameaça para todos nós".
A Coalizão Nacional, principal grupo político dos opositores ao presidente Bashar al-Assad, permanece muito dividida sobre a participação nas negociações em Genebra, apesar das pressões que recebe dos países ocidentais e árabes que estimulam o processo.
Rússia e Estados Unidos tentam, em conjunto com a ONU, convocar uma conferência que reúna representantes da oposição e do regime para buscar uma solução política ao conflito na Síria, que deixou 120.000 mortos desde março de 2011.