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'Oposição precisa ser oposição, sem trégua', diz Itamar

Ex-presidente quer firmeza da oposição contra o governo Dilma desde o 1º dia

Senador eleito por MG, Itamar negou que derrota de Serra no estado foi culpa de Aécio (Antonio Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

Senador eleito por MG, Itamar negou que derrota de Serra no estado foi culpa de Aécio (Antonio Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2010 às 12h48.

São Paulo - O ex-presidente da República e senador eleito por Minas Gerais, Itamar Franco (PPS), convocou a oposição a ter uma postura mais combativa durante o governo da presidente eleita, Dilma Rousseff. "Oposição precisa ser oposição, sem trégua", disse ele, em entrevista hoje à Rádio Bandeirantes. Itamar recomendou firmeza à oposição desde o primeiro dia do governo da petista. "Eu tenho a esperança de que a oposição realmente seja oposição", afirmou. "A oposição, por menor que seja, tem que estar presente e tem que exercitar o seu papel."

O senador eleito criticou o candidato derrotado do PSDB à Presidência, José Serra, por ter sido pouco combativo durante a campanha. "O que se viu na campanha, com todo o respeito ao nosso candidato, é que não havia oposição ao governo." Itamar lembrou que, logo no início da campanha, foi contra a postura de Serra de elogiar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Eu estou em casa, estou em dúvida, por que que eu vou mudar se o próprio candidato da oposição está elogiando?", questionou.

Ele lamentou a ausência de temas sensíveis ao governo na campanha, como o problema cambial e a carga tributária, e descartou responsabilizar o senador eleito Aécio Neves (PSDB-MG) pela derrota tucana em Minas. "Ele (Serra) não fez uma regionalização adequada em Minas", observou. Para Itamar, Dilma enfrentará dificuldades para conciliar os interesses dos partidos aliados ao PT. "Até a posse, tudo são flores."

O senador eleito afirmou ainda ser contrário à recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) para aumentar investimentos na Saúde. "O governo teve oito anos, por que não reformulou o SUS (Sistema Único de Saúde)?", questionou, afirmando que a criação de um novo imposto "exigirá do Congresso um debate muito acalorado".

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