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Oposição denuncia massacre em Homs

Rebeldes afirmam que o regime de Assad foi responsável pela morte de pelo menos 47 mulheres e crianças na cidade

Imagem de vídeo disponibilizado no YouTube mostra área atacada em Homs no domingo (YouTube/AFP)

Imagem de vídeo disponibilizado no YouTube mostra área atacada em Homs no domingo (YouTube/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de março de 2012 às 07h41.

Beirute - Pelo menos 47 corpos de mulheres e crianças foram encontrados na cidade síria de Homs (centro), resultado de um "massacre" atribuído pelos militantes da oposição às forças do regime de Bashar al-Assad e pela televisão oficial síria a "grupos terroristas".

"Os corpos de pelo menos 47 mulheres e crianças foram encontrados nos bairros de Karm al-Seitum e Al-Adauieh, alguns deles degolados e outros esfaqueados pelos Shabiha (milícias do regime)", afirmou à AFP Hadi Abdallah, militante local da Comissão Geral da Revolução Síria, que exibiu um vídeo como prova da acusação.

Segundo Abdallah, "membros do Exército Sírio Livre (ESL, formado por militares dissidentes) conseguiram transportar os corpos para o bairro de Bab Sebaa, considerado mais seguro".

Assim conseguiram filmar os corpos.

"Algumas vítimas foram degoladas com facas, outras apunhaladas, outras, sobretudo as crianças, foram atacadas na cabeça por objetos cortantes. Uma menina foi mutilada e algumas mulheres foram violentadas antes do assassinato", disse Abdallah.

"Os Estados que apoiam o regime são cúmplices de seus atos e crimes", afirma o Conselho Nacional Sírio (CNS) em um comunicado, em referência a Rússia e China, que respaldam o regime de Assad e bloquearam duas resoluções da ONU de condenação à repressão.

O CNS, principal grupo da oposição, pediu uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU após as informações sobre a "matança".

A televisão estatal, no entanto, acusou "grupos terroristas armados" de terem "sequestrado cidadãos em bairros de Homs e filmado para provocar reações internacionais contra a Síria".

Centenas de famílias abandonaram os bairros de Homs, especialmente Karm al-Seitum, durante a madrugada, pelo temor de novos ataques, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), que tem sede na Grã-Bretanha.

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