Mundo

Oposição da Venezuela exige dados sobre inflação

Taxa anual alcançou alarmantes 60%, segundo oposição


	Moeda da Venezuela Bolivar: Venezuela possui a mais alta inflação das Américas, o que a oposição afirma ser evidência da falha do socialismo
 (Meridith Kohut)

Moeda da Venezuela Bolivar: Venezuela possui a mais alta inflação das Américas, o que a oposição afirma ser evidência da falha do socialismo (Meridith Kohut)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de abril de 2014 às 14h58.

Caracas - A oposição da Venezuela acusou o governo de atrasar a publicação dos dados sobre a inflação de março por razões políticas e disse que a taxa anual alcançou alarmantes 60 por cento.

O Banco Central deveria publicar o índice de preços ao consumidor nos primeiros 10 dias do mês, mas atrasos não são incomuns.

A Venezuela possui a mais alta inflação das Américas, o que a oposição afirma ser evidência da falha do socialismo, enquanto o presidente Nicolás Maduro acusa os opositores de sabotagem, acumulação de bens e condução de uma "guerra" econômica contra ele.

"Os diretores do Banco Central violaram suas próprias normas... isso é inaceitável", disse a coalizão de oposição Mesa de Unidade Democrática (MUD) no final de semana, demandando a imediata publicação dos dados de março sobre inflação e escassez.

"Grandes danos são causados à nação quando as autoridades monetárias escondem informação estatística." A coalizão disse ter informação de que o acumulado da inflação em 12 meses subiu de 57,3 por cento em fevereiro para 60 por cento em março.

O líder de oposição Henrique Capriles, que em ocasiões anteriores já antecipou números exatos de inflação citando fontes suas no governo, disse pelo Twitter que a inflação de março foi superior a 4 por cento.

"Isso é mais do que um ano (de inflação) em vários países da América Latina!", disse ele. O índice de escassez, que mede a falta de bens, bateu um novo recorde, acrescentou Capriles.

Uma das principais demandas da oposição em um nascente diálogo com o governo, fruto de dois meses de protestos de rua, é maior transparência das finanças públicas. Uma segunda rodada de reuniões entre ambos os lados está marcada para terça-feira.

Uma porta-voz do Banco Central disse nesta segunda não saber quando a inflação de março vai ser publicada. "Até agora, nós não temos informação sobre isso", disse ela.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaInflaçãoVenezuela

Mais de Mundo

Votação aquém do esperado de partido de Le Pen faz cotação do euro ficar estável

‘Isso não é um teste’: países se preparam para furacão Beryl, com ‘ventos com risco de vida’

Eleições na França: por que distritos com 3 ou mais candidatos no 2° turno podem barrar ultradireita

Presidente da Costa Rica demite ministra da Cultura por apoio à marcha LGBTQIAP+

Mais na Exame