Exército sírio: mais de 125 mil pessoas morreram em 33 meses de luta na Síria entre forças anti-governo e do regime, segundo Observatório Sírio dos Direitos Humanos (AFP)
Da Redação
Publicado em 10 de dezembro de 2013 às 18h49.
A opositora Coalizão Nacional acusou o presidente sírio, Bashar al-Assad, de matar quase 3 mil pessoas "com facas", em um relatório divulgado nesta terça-feira.
Publicado no Dia Internacional dos Direitos Humanos, o documento acusa as forças do governo sírio de "pelo menos 20 massacres", que "dizem respeito ao assassinato de 2.885 pessoas" com armas brancas.
Entre as vítimas, há "mais de 200 crianças e 120 mulheres", acrescenta o texto.
A Coalizão disse ainda que os assassinatos podem ser considerados parte de "uma série de crimes genocidas".
Segundo a oposição, o informe de 81 páginas se baseia em fontes independentes, investigações de organizações internacionais e depoimentos de sobreviventes e ativistas opositores.
Entre os casos documentados no relatório, está a morte de pelo menos 110 pessoas na cidade de Hula, na província de Homs (centro), em 25 de maio de 2012.
A Organização das Nações Unidas (ONU) concluiu que a maioria dos assassinatos aconteceu na forma de execução sumária. Os moradores locais relataram que o ataque foi cometido por milícias pró-regime.
Mais de 125 mil pessoas morreram em 33 meses de luta na Síria entre forças anti-governo e do regime, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, com sede na Grã-Bretanha. A ONG trabalha com uma rede de ativistas e de testemunhas no terreno.