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Oposição a Mursi boicotará eleição no Egito

Aliança de partidos de oposição anunciou que boicotará as próximas eleições em protesto contra uma lei eleitoral que eles afirmam favorecer a Irmandade Muçulmana

Protesto contra o governo de Mursi aumenta a perspectiva de uma disputa eleitoral somente entre a governista Irmandade Muçulmana e grupos islâmicos da linha dura (Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2013 às 13h21.

Cairo - Uma aliança de partidos de oposição no Egito anunciou nesta terça-feira que boicotará as próximas eleições parlamentares em protesto contra uma lei eleitoral que eles afirmam favorecer a Irmandade Muçulmana, aumentando as chances de uma vitória esmagadora dos islâmicos no pleito.

O boicote dos partidos liberal e esquerdista que se opõem ao presidente Mohamed Mursi aumenta a perspectiva de uma disputa eleitoral somente entre a governista Irmandade Muçulmana e grupos islâmicos da linha dura, como o Partido Salafi Nour.

A votação acontecerá em quatro estágios, a partir do final de abril.

Numa tentativa de minar a legitimidade da eleição para a câmara baixa do Parlamento, a Frente de Salvação Nacional (NSF, na sigla em inglês) disse que não pode haver eleições sem uma lei que garanta um pleito livre e justo.

Críticos da lei eleitoral aprovada pela câmara alta, dominada por islâmicos, disse que ela foi feita para favorecer esses grupos religiosos.

"Não pode haver eleições sem uma lei que garanta a justiça do processo eleitoral e um governo que possa implementar tal lei e tenha a confiança da população", disse Sameh Ashour, porta-voz da NSF, acrescentando que é preciso haver "independência real do Judiciário".

A NSF inclui o Corrente Popular, partido de esquerda liderado por Hamdeen Sabahy. A porta-voz do partido Heba Yassin disse que o boicote "é para protestar contra a lei eleitoral de cuja redação não participamos, e sobre a qual nossa opinião não foi levada em consideração".

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O boicote dos partidos liberal e esquerdista que se opõem ao presidente Mohamed Mursi aumenta a perspectiva de uma disputa eleitoral somente entre a governista Irmandade Muçulmana e grupos islâmicos da linha dura, como o Partido Salafi Nour.

A votação acontecerá em quatro estágios, a partir do final de abril.

Numa tentativa de minar a legitimidade da eleição para a câmara baixa do Parlamento, a Frente de Salvação Nacional (NSF, na sigla em inglês) disse que não pode haver eleições sem uma lei que garanta um pleito livre e justo.

Críticos da lei eleitoral aprovada pela câmara alta, dominada por islâmicos, disse que ela foi feita para favorecer esses grupos religiosos.

"Não pode haver eleições sem uma lei que garanta a justiça do processo eleitoral e um governo que possa implementar tal lei e tenha a confiança da população", disse Sameh Ashour, porta-voz da NSF, acrescentando que é preciso haver "independência real do Judiciário".

A NSF inclui o Corrente Popular, partido de esquerda liderado por Hamdeen Sabahy. A porta-voz do partido Heba Yassin disse que o boicote "é para protestar contra a lei eleitoral de cuja redação não participamos, e sobre a qual nossa opinião não foi levada em consideração".

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