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ONU se diz cética sobre Comissão da Verdade

Organização reafirmou a queixa de que a Lei da Anistia, para que responsáveis por crimes de tortura e assassinatos na ditadura militar pudessem ser julgados

Opinião é divulgada duas semanas após um comunicado da ONU em que ela parabenizava o Brasil pela criação da Comissão da Verdade, sancionada pela presidente Dilma (Roberto Stuckert Filho/PR)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2011 às 08h22.

A Comissão da Verdade criada no Brasil pode não ser suficiente para que o país lide com seu passado, disse ontem a alta comissária de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas ( ONU ), Navi Pillay. Ela mostrou ter dúvidas em relação à iniciativa e reafirmou a queixa de que a Lei da Anistia, de 1979 deveria ser revista pelo país, para que responsáveis por crimes de tortura e assassinatos cometidos durante a ditadura militar pudessem ser julgados.

A entrevista de Navi foi dada duas semanas após a divulgação de um comunicado da ONU em que ela parabenizava o Brasil pela criação da Comissão da Verdade, sancionada em 18 de novembro pela presidente Dilma Rousseff, mas pedia a revogação da Lei da Anistia.

Hoje, Navi mostrou dúvidas em relação à capacidade da Comissão da Verdade de dar respostas sobre o passado. Questionada se seu escritório iria auxiliar o Brasil nos trabalhos, a chefe de Direitos Humanos da ONU hesitou. “Primeiro vou estudar o arcabouço exato dessa comissão”, disse. “Vamos esperar que, com o tempo, avanços possam ocorrer nos debates”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A Comissão da Verdade criada no Brasil pode não ser suficiente para que o país lide com seu passado, disse ontem a alta comissária de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas ( ONU ), Navi Pillay. Ela mostrou ter dúvidas em relação à iniciativa e reafirmou a queixa de que a Lei da Anistia, de 1979 deveria ser revista pelo país, para que responsáveis por crimes de tortura e assassinatos cometidos durante a ditadura militar pudessem ser julgados.

A entrevista de Navi foi dada duas semanas após a divulgação de um comunicado da ONU em que ela parabenizava o Brasil pela criação da Comissão da Verdade, sancionada em 18 de novembro pela presidente Dilma Rousseff, mas pedia a revogação da Lei da Anistia.

Hoje, Navi mostrou dúvidas em relação à capacidade da Comissão da Verdade de dar respostas sobre o passado. Questionada se seu escritório iria auxiliar o Brasil nos trabalhos, a chefe de Direitos Humanos da ONU hesitou. “Primeiro vou estudar o arcabouço exato dessa comissão”, disse. “Vamos esperar que, com o tempo, avanços possam ocorrer nos debates”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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