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ONU prestará assistência em evacuação no leste de Aleppo

A ONU ainda não tinha recebido o sinal verde para entrar na região, mas espera que "isso mude em breve"

Aleppo: uma equipe da Organização Mundial da Saúde (OMS) já conseguiu entrar na zona (Abdalrhman Ismail/File Photo/Reuters)
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EFE

Publicado em 15 de dezembro de 2016 às 12h00.

Genebra - A ONU supervisionará e prestará assistência na retirada que está sendo realizada a partir desta quinta-feira no leste da cidade de Aleppo, região controlada pela oposição ao regime do presidente da Síria, Bashar al Assad.

"Fomos convidados nesta manhã a supervisionar, auxiliar a retirada que acontece desde os enclaves que permanecem sob controle dos grupos armados da oposição no leste de Aleppo", afirmou em entrevista coletiva o responsável humanitário para a Síria, Jan Egeland, que acrescentou que foi a Rússia quem solicitou sua participação.

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O diplomata indicou que a operação terá três eixos: haverá a remoção médica de feridos e doentes, de civis vulneráveis e de combatentes.

"Esperamos que hoje vejamos o princípio de uma última e bem-sucedida tentativa de evacuações deste terrível lugar", afirmou Egeland, que disse que a ONU está disposta a ajudar "50 mil pessoas".

Egeland lembrou que a ONU ainda não tinha recebido o sinal verde para entrar na região, mas espera que "isso mude em breve", porque não houve "um único comboio" completo em dezembro.

"Tivemos que improvisar esta manhã quando nos convidaram para participarmos da evacuação", comentou o diplomata, que acrescentou que "muitos trabalhadores humanitários se ofereceram para ajudar" imediatamente.

Egeland explicou que uma equipe da Organização Mundial da Saúde (OMS) já conseguiu entrar na zona leste de Aleppo e está com as ambulâncias que estão removendo os doentes, feridos, civis e combatentes.

Além disso, o diplomata afirmou que as equipes da ONU acompanharão os que estão deixando a zona leste de Aleppo, especialmente os rebeldes que assim desejarem, até a província de Idlib, que é controlada pela oposição, e também até a Turquia.

No entanto, Egeland afirmou que a ONU não pode, por enquanto, proteger as pessoas que estão sendo evacuadas, porque não tem contato direto com elas, pois seus funcionários e voluntários "não têm liberdade de movimento", mas está preparada para fazê-lo.

"Faremos o possível para estar perto deles", os evacuados, entre os quais há menores de idade não acompanhados, disse o responsável humanitário da ONU para a Síria.

Além disso, Egeland comentou que não se trata de um acordo mediado pela ONU, mas de um pacto "entre as partes" nesta guerra.

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