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ONU pede que EUA e Iêmen expliquem ataques com drones

ONU quer saber se os países foram cúmplices nos ataques com drones que mataram por engano civis em cerimônias de casamento este mês em território iemenita

Drone: peritos questionaram a legitimidade dos ataques com drones na lei internacional e disseram que os governos deveriam dizer quais foram os procedimentos usados nas ações (Bonny Schoonakker/AFP)
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Da Redação

Publicado em 26 de dezembro de 2013 às 18h20.

Genebra - Especialistas em direitos humanos da Organização das Nações Unidas ( ONU ) pediram nesta quinta-feira que os Estados Unidos e o Iêmen digam se foram cúmplices nos ataques com drones que mataram por engano civis em cerimônias de casamento este mês em território iemenita.

Os peritos independentes questionaram a legitimidade dos ataques com drones na lei internacional e disseram que os governos deveriam dizer quais foram os procedimentos usados nas ações.

Autoridades locais do setor de segurança disseram em 12 de dezembro que 15 pessoas que estavam a caminho de um casamento no Iêmen foram mortas em um ataque aéreo depois de o grupo ter sido confundido com um comboio da Al Qaeda. As autoridades não identificaram o avião que efetuou o ataque na província central de al-Bayda, mas fontes da mídia e de tribos locais disseram que tinha sido um drone.

O comunicado da ONU, divulgado em Genebra, enfatizou a necessidade de prestação de contas e pagamento de compensação às famílias das vítimas e afirmou também que dois ataques, contra dois grupos separados que se dirigiam para casamentos, deixaram um saldo de 16 mortos e pelo menos 10 feridos.

"Se for para usar drones armados, os países têm de cumprir a lei humanitária internacional, e deveriam revelar a base jurídica de sua responsabilidade operacional e os critérios adotados para as operações", disse Christof Heyns, relator especial da ONU para execuções arbitrárias, sumárias ou extrajudiciais.

Os EUA intensificaram os ataques com drones como parte de uma campanha contra a Al Qaeda na Península Arábica, considerada pelo governo norte-americano o braço mais ativo da rede de militantes. O Iêmen, principal reduto do grupo, é um dos países em que os EUA admitem estar usando drones, embora não façam comentários sobre as operações.

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Os peritos independentes questionaram a legitimidade dos ataques com drones na lei internacional e disseram que os governos deveriam dizer quais foram os procedimentos usados nas ações.

Autoridades locais do setor de segurança disseram em 12 de dezembro que 15 pessoas que estavam a caminho de um casamento no Iêmen foram mortas em um ataque aéreo depois de o grupo ter sido confundido com um comboio da Al Qaeda. As autoridades não identificaram o avião que efetuou o ataque na província central de al-Bayda, mas fontes da mídia e de tribos locais disseram que tinha sido um drone.

O comunicado da ONU, divulgado em Genebra, enfatizou a necessidade de prestação de contas e pagamento de compensação às famílias das vítimas e afirmou também que dois ataques, contra dois grupos separados que se dirigiam para casamentos, deixaram um saldo de 16 mortos e pelo menos 10 feridos.

"Se for para usar drones armados, os países têm de cumprir a lei humanitária internacional, e deveriam revelar a base jurídica de sua responsabilidade operacional e os critérios adotados para as operações", disse Christof Heyns, relator especial da ONU para execuções arbitrárias, sumárias ou extrajudiciais.

Os EUA intensificaram os ataques com drones como parte de uma campanha contra a Al Qaeda na Península Arábica, considerada pelo governo norte-americano o braço mais ativo da rede de militantes. O Iêmen, principal reduto do grupo, é um dos países em que os EUA admitem estar usando drones, embora não façam comentários sobre as operações.

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