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ONU pede que comunidade internacional atue contra violência na Síria

O país pode chegar a ter uma guerra civil se as providências não forem tomadas, diz a organização

A embaixadora americana, Eileen Chamberlain Donahoe, disse ao regime de Bashar al Assad que "chegou a hora de pôr fim as flagrantes violações de direitos humanos" (Carlos Alvarez/Getty Images)

A embaixadora americana, Eileen Chamberlain Donahoe, disse ao regime de Bashar al Assad que "chegou a hora de pôr fim as flagrantes violações de direitos humanos" (Carlos Alvarez/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2011 às 10h19.

Genebra - A Organização das Nações Unidas pediu nesta sexta-feira que a comunidade internacional adote "medidas urgentes e efetivas" para proteger os cidadãos da Síria da violência que as forças de segurança do Estado empregam contra a população civil.

Na abertura da sessão especial do Conselho de Direitos Humanos da ONU para abordar a situação na Síria, a alta comissária de Direitos Humanos, Navi Pillay ressaltou que se não for detida a violência "impiedosa" do governo sírio, o país pode ter uma guerra civil.

Pillay acrescentou detalhes sobre o número de vítimas da repressão, que na quinta-feira era estimado em 4 mil mortos, e explicou que "mais de 14 mil pessoas estão detidas" e que "pelo menos 12.400 buscaram refúgio em países vizinhos, e milhares se refugiaram no interior do país".

A representante da ONU também expressou sua preocupação com "os crescentes ataques armados das forças de oposição contra militares sírios e membros das forças de segurança do Estado.

Ela pediu à Síria que permita a entrada no país de observadores da Liga Árabe, especialmente nos centros de detenção, e reiterou o pedido para que Damasco permita a entrada da comissão independente de investigação da repressão.

Um relatório divulgado pela comissão conclui que foram cometidos crimes contra a humanidade com o consentimento do Governo, o que motivou a convocação desta sessão especial do Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra.

O conteúdo do relatório foi rejeitado pelo embaixador sírio, Faisal al Hamwi."Suas conclusões carecem de objetividade e credibilidade e só servem para jogar mais lenha na fogueira", disse. Para Hamwi, os problemas sírios devem ser resolvidos internamente.

O embaixador sírio acusou a comissão de não pedir às forças de oposição que detenham suas ações armadas e que estabeleçam um processo de diálogo com o Governo. Ele defendeu que Damasco iniciou um processo de reforma política, que terá seus primeiros resultados concretos "entre os meses de fevereiro e março".

Síria recebeu o apoio do grupo de países da Aliança Bolivariana para os Povos da América (Alba), formada por Cuba, Venezuela, Bolívia, Equador, Nicarágua, São Vicente e Granadinas, Dominica e Antígua e Barbuda.

A embaixadora americana, Eileen Chamberlain Donahoe, disse ao regime de Bashar al Assad que "chegou a hora de pôr fim as flagrantes violações de direitos humanos de seu povo e de sair do caminho para que a Síria possa realizar uma transição pacífica e democrática".

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