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ONU pede que autores de ataques químicos na Síria sejam julgados

Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, pelo menos 58 pessoas morreram em um suposto ataque aéreo químico em Khan Sheikhoun

Síria: o Conselho de Segurança da ONU já havia aprovado a investigação do uso de armas químicas na Síria (Ammar Abdullah/Reuters)

Síria: o Conselho de Segurança da ONU já havia aprovado a investigação do uso de armas químicas na Síria (Ammar Abdullah/Reuters)

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EFE

Publicado em 4 de abril de 2017 às 13h28.

Genebra - A Comissão da ONU que investiga os crimes no conflito sírio disse nesta terça-feira que é "imperativo" que os autores de ataques com armas químicas sejam julgados, após um suposto novo bombardeio deste tipo na província de Idlib.

Após condenar os ataques contra a cidade de Khan Sheikhoun, ao sul de Idlib (noroeste da Síria), os membros da comissão da ONU indicaram que as informações recebidas dão conta de um grande número de vítimas, incluindo crianças, e que os dados preliminares apontam para a utilização de armas químicas.

"A Comissão está atualmente investigando as circunstâncias deste ataque, inclusive o suposto uso de armamento químico e o ataque posterior a um hospital onde foram feridas pessoas que recebiam tratamento", diz o comunicado da organização.

Ambos os incidentes, a serem verificados, constituem crimes de guerra e supõem graves violações dos direitos humanos.

Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, pelo menos 58 pessoas, entre elas 11 menores de idade, morreram nesse suposto ataque aéreo químico em Khan Sheikhoun.

O Conselho de Segurança da ONU já havia aprovado a investigação do uso de armas químicas na Síria e que os responsáveis sejam apontados.

A Organização para a Proibição de Armas Químicas tem atualmente uma missão trabalhando na Síria, para a qual a Comissão da ONU pediu "apoio total", de modo que possa investigar também estes últimos graves incidentes.

O conflito na Síria já causou mais de 320 mil mortos, segundo estimativas conservadoras, e fez com que cerca da metade da população do país - aproximadamente 12 milhões de pessoas - abandonassem suas casas e se transformassem em deslocados internos ou refugiados.

A Comissão estendeu suas condolências às famílias deste último ataque e desejou uma pronta recuperação aos feridos.

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