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ONU pede mais tropas para crise na República Centro-Africana

Ban Ki-moon pediu à comunidade internacional o envio de mais tropas para pôr freio à piora da crise no país

Atirador de elite francês segura seu rifle nas ruas de Bangui, na República Centro-Africana (Emmanuel Braun/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de fevereiro de 2014 às 21h52.

Nações Unidas - O secretário-geral da ONU , Ban Ki-moon, pediu à comunidade internacional nesta terça-feira o envio de mais tropas à República Centro-Africana para pôr freio à piora da crise no país.

"A resposta internacional ainda não coincide com a gravidade da situação. Temos que fazer mais para prevenir atrocidades, proteger os civis, restaurar a lei e a ordem, dar assistência humanitária e manter o país unido", disse Ban aos jornalistas.

O secretário-geral das Nações Unidas explicou que manteve contatos com o ministro das Relações Exteriores francês, Laurent Fabius, para pedir que considere o envio de tropas adicionais a sua ex-colônia.

A França tem atualmente 1.600 soldados no país, que se somam aos cerca de 6 mil da missão internacional da União Africana (MISCA).

Ao mesmo tempo, Ban urgiu a colaboração de outros países e pediu à União Europeia que acelere o envio da operação militar que criou para estabelecer um espaço seguro na área da capital, Bangui.

O diplomata sul-coreano advertiu que a situação na República Centro-Africana segue piorando, com uma "brutalidade sectária que está mudando a demografia do país e criando o risco de uma partilha de fato do Estado entre cristãos e muçulmanos".

"Não podemos simplesmente continuar dizendo "nunca mais". Já dissemos isso muitas vezes. Devemos atuar de forma coordenada e imediata para evitar que continuem as atrocidades em grande escala", declarou.

Além disso, indicou que esta semana haverá consultas entre a ONU e a União Africana sobre a possibilidade de transformar a MISCA em uma operação de paz das Nações Unidas.

Segundo Ban, essa mudança "é cada vez mais necessária", mas necessitará tempo para materializar-se.

A República Centro-Africana sofre uma espiral de violência protagonizada por facções armadas confrontadas de distinta religião, criminosos e uma população que se encontra em sua maioria na extrema pobreza.

A capital, Bangui, foi tomada no último dia 24 de março pelos rebeldes da Séléka, que assumiram o poder no país após a fuga do presidente deposto François Bozizé, que se refugiou em Camarões.

A coalizão Séléka, composta por quatro grupos rebeldes, pegou em armas no norte do país em dezembro de 2012, por considerar que Bozizé não tinha respeitado acordos de paz assinados em 2007.

No entanto, estes rebeldes são de maioria muçulmana, frente a uma população essencialmente católica, motivo pelo qual o conflito está adquirindo uma vertente religiosa.

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Nações Unidas - O secretário-geral da ONU , Ban Ki-moon, pediu à comunidade internacional nesta terça-feira o envio de mais tropas à República Centro-Africana para pôr freio à piora da crise no país.

"A resposta internacional ainda não coincide com a gravidade da situação. Temos que fazer mais para prevenir atrocidades, proteger os civis, restaurar a lei e a ordem, dar assistência humanitária e manter o país unido", disse Ban aos jornalistas.

O secretário-geral das Nações Unidas explicou que manteve contatos com o ministro das Relações Exteriores francês, Laurent Fabius, para pedir que considere o envio de tropas adicionais a sua ex-colônia.

A França tem atualmente 1.600 soldados no país, que se somam aos cerca de 6 mil da missão internacional da União Africana (MISCA).

Ao mesmo tempo, Ban urgiu a colaboração de outros países e pediu à União Europeia que acelere o envio da operação militar que criou para estabelecer um espaço seguro na área da capital, Bangui.

O diplomata sul-coreano advertiu que a situação na República Centro-Africana segue piorando, com uma "brutalidade sectária que está mudando a demografia do país e criando o risco de uma partilha de fato do Estado entre cristãos e muçulmanos".

"Não podemos simplesmente continuar dizendo "nunca mais". Já dissemos isso muitas vezes. Devemos atuar de forma coordenada e imediata para evitar que continuem as atrocidades em grande escala", declarou.

Além disso, indicou que esta semana haverá consultas entre a ONU e a União Africana sobre a possibilidade de transformar a MISCA em uma operação de paz das Nações Unidas.

Segundo Ban, essa mudança "é cada vez mais necessária", mas necessitará tempo para materializar-se.

A República Centro-Africana sofre uma espiral de violência protagonizada por facções armadas confrontadas de distinta religião, criminosos e uma população que se encontra em sua maioria na extrema pobreza.

A capital, Bangui, foi tomada no último dia 24 de março pelos rebeldes da Séléka, que assumiram o poder no país após a fuga do presidente deposto François Bozizé, que se refugiou em Camarões.

A coalizão Séléka, composta por quatro grupos rebeldes, pegou em armas no norte do país em dezembro de 2012, por considerar que Bozizé não tinha respeitado acordos de paz assinados em 2007.

No entanto, estes rebeldes são de maioria muçulmana, frente a uma população essencialmente católica, motivo pelo qual o conflito está adquirindo uma vertente religiosa.

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