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ONU e Trump não dão sinais de ação após teste da Coreia do Norte

País asiático realizou o lançamento de um míssil balístico de alcance intermediário no domingo, levando a ONU a pedir "esforços" para aplicar sanções

Donald Trump: "obviamente a Coreia do Norte é um grande, grande problema, e iremos lidar com isso muito firmemente" (Carlos Barria/Reuters)

Donald Trump: "obviamente a Coreia do Norte é um grande, grande problema, e iremos lidar com isso muito firmemente" (Carlos Barria/Reuters)

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Reuters

Publicado em 14 de fevereiro de 2017 às 08h48.

Nações Unidas / Seul - O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) criticou o lançamento de míssil realizado pela Coreia do Norte no final de semana, pedindo que os membros do colegiado "redobrem esforços" para aplicar sanções contra o país, mas não deu sinais de quais ações pode adotar.

O teste de um míssil balístico de alcance intermediário de Pyongyang no domingo foi o primeiro desafio direto à comunidade internacional desde que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tomou posse em 20 de janeiro.

Em uma coletiva de imprensa realizada na segunda-feira, Trump disse: "Obviamente a Coreia do Norte é um grande, grande problema, e iremos lidar com isso muito firmemente".

Trump não falou sobre nenhuma reação planejada, mas a embaixadora norte-americana na ONU, Nikki Haley, disse em um comunicado: "É hora de responsabilizar a Coreia do Norte - não com nossas palavras, mas com nossas ações".

Ela emitiu o comunicado depois de uma reunião de emergência do Conselho de Segurança na segunda-feira convocado por EUA, Japão e Coreia do Sul para debater o disparo do míssil norte-coreano.

No mesmo dia, os militares destes três países realizaram uma videoconferência na qual repudiaram o lançamento, que classificaram como uma "violação clara" de várias sanções do Conselho de Segurança. Os EUA "reafirmaram seus compromissos de segurança inabaláveis" com o Japão e a Coreia do Sul, disse o Pentágono.

Uma autoridade sul-coreana disse que Washington planeja utilizar "ativos estratégicos" em exercícios militares anuais iminentes com Seul por causa da ameaça crescente do Norte. As manobras geralmente têm início em março.

O funcionário não disse que ativos poderão ser empregados. No passado, eles incluíram bombardeiros B-2, caças antirradar F-22 e submarinos movidos a energia nuclear.

Em Pequim, o Ministério das Relações Exteriores da China disse esperar que, nas atuais circunstâncias, todos os países consigam exibir moderação e não fazer nada que agrave a situação.

A China é a principal aliada e parceira comercial da Coreia do Norte, mas está irritada com suas ações agressivas repetidas, embora tenha rejeitado as insinuações, feitas por norte-americanos e outros, de que poderia estar fazendo mais para conter seu vizinho.

A agência de inteligência sul-coreana estima que o míssil de combustível sólido lançado por Pyongyang no domingo tem um alcance de mais de 2 mil quilômetros, o que lhe permitiria atingir grandes porções de China, Taiwan, Japão e Rússia.

A Coreia do Norte já testou no passado mísseis com alcance superior a 3 mil quilômetros, mas disse estar prestes a testar um míssil balístico intercontinental, que pode eventualmente ameaçar a área continental dos Estados Unidos, que está a cerca de 9 mil quilômetros da Coreia do Norte.

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