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ONU diz que não tolerará abusos na República Centro-Africana

A ONU disse que não tolerará abusos cometidos pelos boinas azuis que estão em missão na República Centro-Africana, após as denúncias da Anistia Internacional


	Membros da ONU patrulham República Centro-Africana
 (Issouf Sanogo/AFP)

Membros da ONU patrulham República Centro-Africana (Issouf Sanogo/AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2015 às 17h07.

A ONU afirmou nesta terça-feira que não tolerará abusos cometidos pelos boinas azuis que estão em missão na República Centro-Africana após as denúncias feitas pela organização Anistia Internacional (AI).

A AI pediu à ONU para investigar um caso de abuso sexual a uma menina de 12 anos e os assassinatos de um adolescente de 16 anos e seu pai, todos os crimes supostamente cometidos por boinas azuis.

"Queremos ressaltar que nenhuma conduta desse tipo pode ser tolerada. As acusações serão levadas extremamente a sério e investigadas de forma vigorosa e meticulosa", disse o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric.

Dujarric classificou as acusações de "muito alarmantes" e disse que o secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, está "pessoalmente comovido e decepcionado" devido às últimas denúncias e por outras acusações divulgadas recentemente.

No início de junho, a ONU anunciou uma comissão independente que averiguará denúncias de abusos sexuais sofridos por menores no país africano e dos quais são responsáveis os soldados estrangeiros que atuam no local, alguns sob bandeira da ONU.

As tropas internacionais chegaram à República Centro-Africana para controlar a guerra civil iniciada em 2013, com milhares de mortos, meses depois do golpe de Estado de março do mesmo ano e que derrubou o então presidente François Bozizé.

O último caso revelado pela AI ocorreu nos dias 2 e 3 de agosto, quando membros de Ruanda e Camarões da missão da ONU no país realizavam uma operação no distrito PK5 de Bangui, onde a maioria da população é muçulmana.

"Nossas provas indicam que um soldado de paz da ONU abusou sexualmente da menor e que outros integrantes da tropa mataram indiscriminadamente dois civis", disse a assessora de Crise da AI, Joanne Mariner, em comunicado.

A organização entrevistou 15 testemunhas no dia seguinte de ambos os incidentes, assim como a vítima do assédio, cujo o exame de corpo de delito mostrou que ela tinha sido estuprada. 

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